Depois de ver seu contrato com a VaideBet ser rescindido por conta da polêmica envolvendo um suposto esquema de ‘laranja’ com os repasses dos valores pagos pela casa de apostas, o Corinthians aguarda os desdobramentos do caso. Na última sexta-feira, 7, a Polícia Civil concluiu que a NeoWay, destinatário dos repasses, é uma empresa de fachada.
“Evidentemente, esse contexto fático me fez concluir que a ‘NeoWay’ é uma sociedade de fachada, constituída fraudulentamente e utilizada, tudo indica, para a ocultação e dissimulação de valores espúrios, práticas respectivamente violadoras dos comandos penais consubstanciados nos artigos 299, caput’, do Código Penal (falsidade ideológica) e 1º, ‘caput’, da Lei n.º 9.613/98 (lavagem de dinheiro), sem prejuízo de outras tipificações que possam eventualmente surgir com o avanço das investigações”, afirmou o delegado na portaria.
A Polícia chegou nesta conclusão após analisar o contexto de todo o acontecido. Como publicado pelo UOL, Rede Social Media Design, intermediária do contrato entre Corinthians e VaideBet, fez um repasse de R$ 1,4 milhão para a Neoway, que tem como proprietária Edna Oliveira dos Santos. A mulher, contudo, desconhece a empresa e o dinheiro.
Outro fator considerado relevante para o delegado são os endereços utilizados pela Neoway. Diferentemente dos registros, a empresa não se localiza no local definido. “Tem-se ali, na verdade, um ‘coworking’, intitulado ‘Company Hero’. Em contato com funcionários do espaço e da própria administração do prédio, foi relatado que a empresa ‘NeoWay’ nunca esteve ali estabelecida”
A Polícia Civil aguarda o envio por parte do Corinthians do contrato com a VaideBet, onde tem registrado o acordo com a intermediária Rede Social Media Design. Além disso, a investigação também vai conversar com Edna e Alex Cassundé, dono da empresa que intermediou o patrocínio.
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