A polêmica entre Corinthians e VaideBet segue acontecendo, com o inquérito que busca investigar se houve crime no andamento das negociações entre as partes. Além disso, também existe a dúvida se o clube podia ingressar uma ação contra a casa de apostas por conta da rescisão unilateral.
Em entrevista ao Deu Zebra Cast, o ex-diretor jurídico do clube Leonardo Pantaleão falou sobre essa possibilidade, mas ressaltou os custos que teriam em caso de vitória ou derrota no julgamento. O advogado também comentou a chance de impeachment de Augusto Melo após o caso.
“Se o Corinthians fosse ingressar com uma ação contra a VaideBet, não podia ingressar somente pelo valor do contrato. Tinha que pedir muito mais coisa: dano reputacional, dano à imagem, prejuízo causado, os lucros restantes, aquilo que foi interrompido por conta do rompimento do contrato, negociações que estavam sendo feitas”, iniciou.
“Primeiro a gente teria que quantificar qual o prejuízo do Corinthians com aquele rompimento, aparentemente, motivado naquele momento. […] Se a gente entra com uma ação dessa precariamente instruída, a chance de perder passa a ser significativa. E quando perde, corre o risco de pagar a sucumbência do lado contrário, que são os honorários dos advogados do outro lado”, completou o advogado.
Pantaleão também explicou que os dirigentes supostamente envolvidos na polêmica do caso podem ser punidos individualmente, baseado na Lei Geral do Esporte, feita em 2023. Dessa forma, o Corinthians como entidade sairia ilesa, desde que os nomes tenham atuado com interesse em desfalcar o patrimônio do clube.
Entre o fim do ano passado e o começo deste ano, o Conselho Deliberativo iniciou as reuniões para propor um impeachment do atual presidente, que foi suspensa com a implementação do inquérito. Para Pantaleão, a identificação de ato criminoso não é necessário para retirar o mandatário do cargo.
“Uma coisa é infração administrativa, outra coisa é inquérito policial. O Conselho não está amarrado ao inquérito. Se os requisitos internos do estatuto tiverem presentes que justifiquem um impeachment, independente se teve crime ou não. Claro, se teve crime, a coisa é maior ainda”, explicou.
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