Foto Marcos Riboli
O Desastre do VAR
O VAR é um avanço no Futebol. O árbitro assistente de vídeo (em inglês, vídeo assistant referee) é uma ferramenta fantástica. Desenvolvimento tecnológico que chegou também ao esporte mais popular do planeta.
O problema é que desde início de sua implantação o uso do VAR foi um completo desastre. Uma sucessão de erros grotescos e enormes lambanças que colocam em xeque o prosseguimento de sua adoção.
O mais gritante e revoltante erro do VAR foi, sem dúvida, a anulação do gol do craque Pedrinho na final da Copa do Brasil, que interferiu diretamente no resultado da competição. Foi um lance de comprovada simulação teatral fora da jogada principal. Segue-se a isso um ensurdecedor silêncio de grande parte da imprensa. Às vezes parece que prejudicar o Corinthians é legítimo e permitido.
O VAR deveria ser um instrumento auxiliar da arbitragem. Apenas usado em lances evidentes e claríssimos que não foram marcados, ou que foram assinalados inadequadamente. Sendo assim, diminuiriam os erros e aumentaria a justiça do jogo.
Ao contrário disso, o VAR se tornou um tribunal de palpiteiros. Em todo lance duvidoso se faz uma “mesa redonda de domingo ao vivo” para tentar esclarecer qualquer jogada, submetendo o público a esperas intermináveis, interferindo na emoção e na sequência da partida. E o pior, de tanto procurarem pelo em ovo, se chegam às mais absurdas conclusões.
Sem contar que a falta de critério e a chamada voluntária pro seu uso são aviltantes. O lance é visível e sabe-se lá por que razões, misteriosamente a arbitragem não é chamada. Isso aconteceu diversas vezes com o Corinthians, sem o menor destaque de grande parte da mídia tradicional.
Só podia dar errado. Se o lance avaliado não é possível de ser identificado em 10 segundos, podem ter certeza que este não é pro emprego do VAR. Pra dar certo, só pode ser de uma forma: a arbitragem marca. O VAR avalia uma vez. Se não ficou claro imediatamente, devem manter a marcação original e seguir o jogo. Simples assim.
Caso não se adote esse protocolo rígido, vamos assistir, cada vez mais, esse espetáculo deprimente de marcações absurdas e interferências inadequadas na arbitragem. Ao invés de justiça, teremos revolta e reversão do mérito esportivo.
A questão a ser avaliada não é se devemos usar de meios eletrônicos, e sim, de que maneira usá-los. Bem empregados, estes trazem enormes benefícios. Não há dúvida que a justiça é um bem intrínseco, mas da forma que atualmente está sendo empregado o VAR, só causa enorme mal ao Futebol.
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Perfeito Rafa.
Grande Rafa.
A diferença do VAR para o árbitro de vídeo do vôlei, é que no futebol à maioria dos lances são interpretativos. Aí já não é 100% tecnologia, volta para as mãos do homem, e aí, já viu né?
Saudações.
Vai Corinthians!
Depois daquele teatro de quinta categoria do Dedé,eu quero que V.a.r vá pra P.Q.P mesmo!falando naquela final,onde o V.a.r foi protagonista,a pouca repercussão daquele gol anulado?mídia delinquente “concordou”e endossou o teatrinho vagabundo…
Parabéns, grande Rafa bjs
Rafa realmente o Var anular o gol do Pedrinho foi um desserviço ao futebol.
Creio que a palavra que você utilizou na parte final do seu ótimo texto pode explicar bastante esta questão: justiça. Pessoas parciais são incapazes de exercerem plenamente a justiça, independente da situação. Neste caso específico, vêem e não enxergam. Se preciso for, brigam com a imagem. O interesse pessoal ainda sobrepuja o correto!
Concordo plenamente! Os pênatis inventados pelo VAR, a favor da Argentina contra o Paraguai, e a favor do Uruguai contra o Japão, exemplifica bem o que foi escrito acima.
Exatamente, Rafa. Perfeito
Rafa concordo contigo em numero , gênero e grau.
Perfeito Rafa! Por que não adotar os mesmos critérios de avaliação da NFL ( Futebol Americano )?
Que bostas esse var