Tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo, responsável pela segurança nos estádios, alegou medida preventiva de violência
No último Corinthians x Palmeiras, na quarta-feira (09), na Neo Química Arena, duas faixas da torcida organizada Gaviões da Fiel foram retiradas pela Polícia Militar antes do início da partida. Uma lembrava que o Palmeiras não tem Mundial e a outra falava do eterno momento de 08/04/2018 quando o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista na casa do rival alviverde.
O tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo, responsável pela segurança nos estádios, Ricardo Xavier, alegou preocupação com a violência que os dizeres das faixas podem provocar.
“Bandeiras e faixas com mensagens provocativas, que podem trazer comprometimento para segurança pública, acirrando a rivalidade, pedimos para ser recolhida”, declarou.
Segundo o Estadão, torcedores do Corinthians alegam que a Polícia Militar permite que as torcidas dos times rivais de São Paulo coloquem faixas provocativas em seus estádios.
Os Gaviões da Fiel se manifestaram por meio de nota oficial, chamando de censura o ato da PM.
“Tivemos uma discussão com os policiais militares que entraram em nosso estádio pedindo para retirar as faixas que levamos para recordar nossos títulos, entre eles, alguns que foram conquistados em cima do nosso rival e outros que eles nunca vão conseguir conquistar (os Mundiais de 2000 e 2012) – para os militares as faixas tratavam-se de uma apologia à violência. Ao fim da discussão e sob censura, imperou o abuso de poder, a ignorância e a covardia arbitrária e, infelizmente, tivemos de retirar os materiais que estavam nas arquibancadas”, informou a organizada em suas redes sociais.
O tenente-coronel Ricardo Xavier negou que seja censura ou perseguição e reforçou sobre prevenção.
“Foi o primeiro jogo que tivemos de tomar essa atitude. Temos diálogo com membros de todas as torcidas. Tudo o que for colocado para ambiente de festa, estamos apoiando. O que puder trazer prejuízo, vamos agir de forma preventiva”, disse.
“Infelizmente vivemos no mundo da cultura da intolerância. Antigamente, uma brincadeira ficava só na brincadeira. Hoje uma provocação causa morte. O ato de violência não vai ocorrer necessariamente no estádio. Pode acontecer em terminais de ônibus, estações de metrô, na rua…”, acrescentou.
Veja a nota dos Gaviões da Fiel (caso o post não carregue, clique AQUI para visualizar)
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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