- Por Lari Beppler para a Redação da Central do Timão
Falar da carreira de Gilmar de Lima Nascimento, o Gilmar Fubá, falecido nesta segunda-feira (15) em decorrência de um câncer, é, antes de tudo, exaltar sua raça, alegria e humildade.
Nascido em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, Gilmar Fubá – que ganhou esse apelido por ter recebido mamadeira de fubá na infância por falta de leite – chegou ao Corinthians ainda nas categorias de base e representou cada um de nós que um dia sonhou defender o time de coração. Era a arquibancada em campo e por isso jogava com vontade, alegria e muita raça em cada dividida.
Revelado para a equipe profissional em 1995, o volante estreou apenas no ano seguinte. Mesmo sem jogar, integrou o elenco que venceu o Campeonato Paulista de 1995, tornando-se bicampeão estadual em 1997.
Gilmar Fubá defendeu o Corinthians em 131 partidas, entre 1996 e 2000, e anotou quatro gols com a camisa alvinegra. Foi bicampeão brasileiro (1998 e 1999) e campeão Mundial em 2000, ano em que deixou o clube, transferido para o Fluminense.
Depois, já como ex-atleta, trabalhou nas categorias de base do Timão e ainda integrava a equipe Máster do clube, que realiza jogos de exibição pelo país. Além disso, atuou na partida comemorativa que marcou a inauguração da Neo Química Arena, em 2014.
Sempre alegre e carismático, Fubá colecionava histórias cômicas, que costumava contar em resenhas e programas esportivos para diversão de todos, corinthianos ou não. Foi, sem dúvida, o melhor contador de histórias de bola da sua geração.
Em 2016, o ídolo alvinegro descobriu um mieloma múltiplo, uma espécie de câncer de medula óssea, já em estágio avançado. Fez várias sessões de quimioterapia, cirurgias, chegou a receber um transplante de medula e um prognóstico de sete meses de vida, que se transformaram em cinco anos de luta incansável. Fubá foi um batalhador em campo e na vida, símbolo de raça de um Corinthians que sempre lutou para ser o melhor.
Descanse em paz, Gilmar Fubá – eternamente em nossos corações!
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