Sétimo maior artilheiro de toda a história do Corinthians e ídolo na década de 50, Luizinho, o ‘Pequeno Polegar’ morreu no dia 17 de janeiro de 1998, em São Paulo, aos 68 anos.
Pode-se dizer que Luizinho nasceu e morreu no Parque São Jorge. O ídolo da Fiel começou sua carreira em 1943, no infantil do Corinthians, e encerrou apenas em 1967.
Era tão habilidoso e atrevido, que os torcedores chegavam cedo ao estádio para vê-lo atuar, ainda no time dos aspirantes, nos jogos que antecediam as partidas principais. Abusado, provocava os adversários, acenando com a mão e chamando para um outro drible. Diz a lenda, inclusive, que em um jogo contra o Palmeiras, ele deu um drible tão desconcertante no argentino Luiz Villa, que este caiu no chão. Então, Luizinho sentou-se na bola e o esperou levantar para, aí sim, prosseguir com a jogada.
Foram 12 anos vestindo o manto sagrado como titular absoluto da posição e principal jogador do elenco corinthiano. Luizinho brilhou no ataque, com um total de 103 gols marcados no Campeonato Paulista de 1951. Ao todo marcou 175. Além disso, o ex-jogador foi convocado 11 vezes para a Seleção Brasileira.
Titular absoluto do Clube até o início dos anos 60, Luizinho saiu em 1963 para o Juventus-SP, por causa de um desentendimento com o então técnico Sylvio Pirillo. Não conseguiu viver longe do Corinthians. Voltou no ano seguinte, em 1964, onde encerraria a carreira três anos depois.
Mesmo após encerrar a carreira de jogador, Luizinho não se separou do Corinthians, e por três vezes foi chamado para exercer a função de técnico da equipe, ocasião que percebeu não ter vocação. Costumava dizer que sabia pouco do assunto, mas sempre esteve ali para ajudar o Corinthians.
Sua presença no comando técnico valia muito mais pelo aspecto moral do que propriamente pela orientação tática, demonstrando com isso um amor imenso pelo Clube. Porém jamais se negou a assumir a equipe em momentos difíceis. Luizinho foi o técnico do time Sub-20 do Corinthians que conquistou o título da primeira edição da Copinha, a Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 1969.
Em 1994 foi homenageado pelo Corinthians com um busto no jardim do Parque São Jorge, honraria que só é concedida aos grandes ídolos do Timão. Além de Luizinho, Neco, Cláudio, Baltazar, Sócrates, Rivelino, Teleco, Marcelinho Carioca, Ronaldo Giovanelli e Zé Maria também receberam esta homenagem.
Em 1996 foi feita outra homenagem ao ídolo: aos 65 anos, Luizinho voltou aos gramados do Pacaembu, atuando por cinco minutos, em um amistoso contra o Coritiba que marcava a estreia do atacante Edmundo no Corinthians, tornando-se assim o jogador mais velho a defender a camisa do Corinthians em campo.
Dois anos depois desta homenagem, Luizinho, aos 68 anos, acabou falecendo e talvez com ele tenha morrido uma fase que jamais voltará ao nosso futebol: a fase da arte, da ética e do amor à camisa, em que o jogador iniciava e terminava sua carreira em um mesmo clube. Uma época romântica em que um craque acharia impossível vestir uma camisa de cor diferente.
“Eu tenho orgulho do que eu fiz no Corinthians. Isso ninguém me tira, o que eu fiz no Corinthians”, Luizinho
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