Ex-técnico do Corinthians, Geninho comenta demissão de Tiago Nunes e recorda invasões da torcida aos treinamentos
À frente do Corinthians em 2003 e 2006, o técnico Geninho, atual treinador do Avaí, falou sobre a “cultura da demissão de técnicos” e comentou a demissão de Tiago Nunes. O técnico destacou brigas políticas internas e até ameaças por quais passou no Timão.
“Já passei por essa situação várias vezes. Tenho 33/34 anos de treinador. Já trabalhei no Corinthians, essa pressão que o Tiago Nunes sofreu, eu sofri lá. Na primeira vez não, pois fui campeão, o time fez uma bela campanha. Na segunda foi difícil. Eu tinha um time melhor na mão, mas tinha uma briga política interna terrível”, disse.
Geninho relembrou ainda ameaças e casos de invasões, segundo ele, piores que a sofrida pelo Figueirense no treino do último sábado no estádio Orlando Scarpelli.
“Tinha uma invasão de campo semanalmente. Aquilo que a gente viu no Figueirense, eu vivia no Corinthians toda semana. Pressão todo mundo sofre, qualquer treinador em qualquer time. O treinador que escolheu essa profissão e acha que é cômoda, ela não é”, concluiu.
Na primeira passagem pelo Timão, Geninho substituiu ninguém menos do que Carlos Alberto Parreira. De cara, porém, fez muito sucesso, mudando algumas peças do vice-campeonato brasileiro de 2002 e conquistando o Campeonato Paulista logo em sua primeira competição oficial pelo clube alvinegro.
Durante o ano, o time sofreu um “super desmanche”, e atletas como Liedson, Jorge Wagner, Kleber, Leandro e Fábio Luciano, todos titulares incontestáveis e pilares da equipe, foram sendo negociados um a um. Geninho acabou demitido pelos maus resultados no Brasileirão.
Em maio de 2006, voltou ao Corinthians após três anos. Porém, uma série de derrotas deixou o Timão na zona do rebaixamento por 16 rodadas, sendo quatro delas em último lugar, o que resultou na saída de Geninho.
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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