Canhoto, habilidoso e polivalente, Oreco faria 90 anos nesta segunda

  • Por Nágela Gaia / Redação Cultural da Central do Timão

Considerado o maior lateral-esquerdo do futebol brasileiro, depois de Nilton Santos, Valdemar Rodrigues Martins, o Oreco, nasceu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 13 de junho de 1932. Revelado no Internacional de Santa Maria, logo foi descoberto pelo Internacional da capital, onde jogou por sete anos e conquistou cinco títulos gaúchos.

Contratado junto ao Internacional, em 1957, para jogar como quarto zagueiro, Oreco fez sua primeira partida pelo Corinthians em abril daquele ano, contra o Botafogo (RJ) no Pacaembu. Canhoto, habilidoso e polivalente, demonstrava grande facilidade em se adaptar a novas posições. Atuou como ponta-esquerda, lateral-esquerdo, lateral-direito e quarto-zagueiro.

Foto Arquivo Corinthians Cultural

No Corinthians não conquistou títulos paulistas, mas ajudou o time a conquistar a Taça dos Invictos, em 1957. Suas boas atuações o levaram à Seleção Brasileira que venceu a Copa do Mundo da Suécia em 1958. Foi o suplente de Nilton Santos e voltou da Europa como Campeão do Mundo. 

Ao todo, Oreco jogou 11 vezes pela Seleção Brasileira e além da Copa de 1958, ganhou o Pan-Americano (1956), Copa Rocca (1957) e Taça Oswaldo Cruz (1958 e 1961).

Corinthians no Camp Nou em 1959 – Foto: Reprodução

Oreco honrou a camisa do Timão por oito anos, de 1957 a 1965. Fez parte do time que goleou o Barcelona no Camp Nou, por 5 x 3, em jogo válido pelo Torneio Costa do Sol, em 24 de junho de 1959.

Sobre o Corinthians, em entrevista a Wanderley Nogueira, Oreco disse:

“Foi algo maravilhoso em minha vida. Sentir aquela torcida enorme e exigente. Jogar no Corinthians é sonho e pesadelo”.

Oreco é o 17º jogador no ranking dos que mais vestiram a camisa Alvinegra, foram 408 jogos, sendo 222 vitórias, 89 empates, 97 derrotas, três gols a favor e um gol contra.

Faleceu em 3 de abril de 1985, numa quarta-feira, aos 52 anos, vítima de infarto, enquanto jogava uma partida de veteranos. Seu corpo foi velado no Parque São Jorge.

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