Os clubes de primeira linha no futebol brasileiro contratam uma porção de jogadores todos os anos, muitos desses jogadores acabam não dando certo e o clube não consegue vender. Resultado: o clube precisa utilizar o jogador assim mesmo, encostá-lo ou tentar um empréstimo (muitas vezes pagando parte ou a totalidade dos salários).
Não se enganem, eu não sou tão radical assim para achar que o clube não deve contratar mais ninguém e utilizar apenas a base. Na minha opinião, os clubes devem fazer contratações mais pontuais, o cara que chega pra vestir o manto e ir para o jogo e para compor o elenco, ir utilizando a base.
Os pontos positivos ao se utilizar dessa ideologia são:
– Um clube que utiliza muito a sua base acaba sendo mais escolhido pelos grandes talentos juvenis pois sabem que podem ter espaço;
– São jogadores que sobem e tem mais identificação com o clube;
– Os jogadores sobem valorizados e podem agregar valor ao elenco;
– Os jogadores sobem valorizados e podem se tornar vendas valiosas para o exterior;
– Uma vez valorizados, podem circular pela Europa e cada venda deles por lá gera um percentual para o clube formador;
– Muda a cultura da torcida de não ter muita paciência com a base;
– Sobra mais dinheiro para contratar jogadores que desequilibram partidas.
Dito isso, preciso entrar na questão do “pera lá” do título desse texto. Os atletas que sobem da base, normalmente conseguem evoluir e progredir melhor num elenco mais organizado e num time encaixado. Não concordo com a visão de que o atleta sobe para resolver os problemas do time profissional, ele precisa de tempo de adaptação e maturação. Claro que tem uns e outros que sobem já mostrando serviço, mas isso não é uma regra geral.
Paciência e apoio são imprescindíveis quando se fala em atletas recém formados. Eles podem oscilar e é nesse momento que a comissão técnica e torcida precisam segurar a onda para que o atleta retome a confiança e volte a boa fase com ainda mais casca.
Este que vos escreve é um torcedor apaixonado que quer o melhor para o seu clube de coração e que também passa raiva nos jogos, se irrita, isso é normal. Mas não tem jeito. Precisamos apoiar e empurrar até o fim, precisamos continuar sendo a camisa número doze que faz a diferença fora dos campos.
Fortalecendo a rapaziada que vem chegando, também fortalecemos o clube que amamos.
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