O ano de 2024 tem sido marcado, até o momento, por muitas mudanças internas no Corinthians. No final de 2023, após conquistar todos os títulos possíveis, o ex-treinador da equipe feminina, Arthur Elias, deixou o clube para assumir a Seleção Brasileira, levando consigo alguns profissionais da comissão técnica alvinegra, bem como uma das principais responsáveis pelo sucesso do time nos últimos anos, a dirigente Cris Gambaré.
No início deste ano, Lucas Piccinato foi escolhido para substituir Arthur Elias como o novo comandante técnico das Brabas. Vindo do Internacional, o treinador aceitou o desafio de manter o time do Corinthians no caminho vitorioso trilhado nos últimos anos. Em entrevista à Corinthians TV, o técnico abordou a importância da parte psicológica da equipe, que ele considera fundamental para alcançar bons resultados.
“Eu sou um técnico que gosta de priorizar muito que o grupo inteiro esteja com uma cabeça boa, que esteja com o mental bom, porque acho que o mental correlaciona todas as outras vertentes. Se a gente não tá com o mental bom, a gente não vai conseguir tecnicamente fazer o jogo fluir, a gente não vai conseguir correr o quanto a gente consegue correr e a gente não vai conseguir ler o jogo da melhor forma possível”, disse o treinador.
“Então, a primeira coisa que a gente tem que estar é com a cabeça boa. Eu priorizo muito isso. Estar com a cabeça boa é fazer com que o grupo tenha uma boa energia e que todo mundo esteja na mesma página, que todo mundo esteja entendendo da mesma forma. Para que a gente possa, aí sim, com cabeça boa, com leitura boa, fazer as melhores decisões daquilo que a gente quer no plano de jogo, de como a gente vai correr, de como a gente vai jogar”, continuou.
O treinador, que já conquistou a Supercopa do Brasil com o Timão, também discorreu sobre seu estilo de jogo. Piccinato afirma que prefere um “futebol agressivo”, caracterizado por uma postura incisiva quando não está com a posse de bola. Além disso, enfatizou a importância do aspecto mental que deseja que a equipe incorpore.
“Gosto de um futebol muito agressivo, muito vertical. Sempre gostei muito. Óbvio que a gente tem que entender que em alguns momentos essa agressividade vai se retendo um pouco mais na posse da bola. Mas a gente precisa ter na cabeça que a melhor forma de a gente vencer as partidas é ter a maior quantidade de chances de gol do adversário.”
“Para ter quantidade de chances de gol, a gente precisa ser vertical, precisa ser agressivo, precisa buscar o gol a todo momento. Então, eu sou um treinador que busca muito isso. Me incomoda não ter a posse da bola. A gente tem que ser uma equipe que, sem a bola, tente pressionar o mais rápido possível, tente buscar ter a posse novamente“, completou Piccinato.
“Tudo isso aliado obviamente a ter uma parte mental muito qualificada para que a gente possa executar tudo isso que eu estou falando, a gente tem trabalhado muito isso dentro do Corinthians.“
“Óbvio que o Corinthians tem já um trabalho de longo prazo com essa força mental. Isso é muito bom, isso facilita muito o trabalho de quem está chegando, mas isso é uma vigilância constante. A gente não pode parar em nenhum momento de buscar essa saúde mental do grupo, essa força mental do grupo e estar o tempo inteiro buscando qualificar ainda mais isso”, concluiu o treinador.
Enquanto algumas atletas estão com a Seleção Brasileira durante a Data FIFA, o restante do elenco feminino do Timão se prepara para o próximo jogo da equipe. No dia 12 de abril, o Corinthians enfrentará o Santos no Clássico Alvinegro, válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
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