Profissionais que participaram da cobertura do evento revelam que os jogadores “sabiam que dava pra ganhar”
A reprise da final do Mundial de 2012 contra o Chelsea trouxe o sabor do título novamente para o torcedor corinthiano. Aproveitando o momento, o podcast do Corinthians no GloboEsporte.com reuniu jornalistas que participaram da cobertura da final histórica para contar suas lembranças à Fiel.
O jornalista do Grupo Globo, José Gonzalez, ressalta que o Corinthians sabia que poderia encarar de igual para igual o Chelsea. Dessa maneira, reforça como os jogadores alvinegros estavam confiantes para a partida.
“Os jogadores do Corinthians assistem ao jogo do Chelsea, mas assim, na véspera da final com o Chelsea, eu percebia nos jogadores do Corinthians um otimismo. Uma certeza de ‘cará, dá pra jogar e dá para ganhar.’ Porque passa aquela tensão do primeiro jogo. Na final você iguala, 90 minutos, cara, no pau a pau, você consegue igualar e eu acho que foi muito o que aconteceu”, revelou José durante o episódio.
O também jornalista Carlos Ferrari, acompanha o colega e destaca a confiança dos jogadores do Timão.
“É difícil a gente mensurar (a confiança). É óbvio que quando o cara estiver ali, vai tentar ganhar de qualquer maneira. Mas uma sensação que eu tive da nossa cobertura, ali. Quando eu entrei no estádio, tinha muito torcedor do Corinthians, muita bandeira. Parecia o Pacaembu. Ali eu tive uma sensação e falei ‘cara, o Corinthians vai ganhar esse jogo’. Era um momento muito propício pra isso. A torcida. O time do Tite passa uma segurança defensiva”, revelou Ferrari.
Há anos acompanhando o Corinthians, o jornalista da ESPN, Gustavo Zupak, comenta que o Timão se planejou durante muito tempo para aquele jogo. A vitória contra o Chelsea não teria sido por acaso, mas sim fruto de muito planejamento.
“O que mais marcou na cobertura era justamente a maneira que o Corinthians lidava com esse trabalho. Então, a gente que acompanhou desde o começo, a montagem desse time, com o Brasileiro de 2011, a Libertadores de 2012, até chegar no Mundial, a gente via muito as coisas fazerem sentido. Todo o esforço que era feito.”, conta Zupak
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Gustavo Zupak ainda revela uma curiosidade dos bastidores. Segundo ele, o hino do Corinthians começou a tocar no estádio de Yokohama logo após o fim do jogo. Porém, ninguém estava ciente disso e não fazia parte do protocolo.
“A hora que o jogo acaba, o juiz apita, antes da premiação, no sistema de som do estádio, dispara o hino do Corinthians. E esse não é o protocolo do Mundial da Fifa. Até hoje as pessoas do Corinthians não sabem quem levou o hino para ser tocado no estádio, porque isso não estava programado. E o hino ficou tocando até a hora que o Alessandro levantou a taça”, conta Zupak.
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Os programas esportivos costumam comentar que os europeus não se importam com o mundial. Porém, o repórter Renato Peters, que acompanhou os ingleses para a Globo, discorda completamente da afirmação.
“Depois eu corro e vou pra zona mista. E eu entrei pelo túnel, onde os jogadores descem. Aí primeiro desceram os jogadores do Chelsea. Mas uma cara de velório. Quando a bola começa a rolar, é jogo. E a cara dos jogadores, dos brasileiros (que jogavam no Chelsea) que foram passando, era uma cara de velório, mesmo”, conta Renato.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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