Nessa sexta-feira (23), o célebre goleiro do Timão na década de 50, um dos poucos a fazer frente para Gylmar dos Santos Neves, completa mais um ano de vida
Revelado pelas categorias de base do Timão, Luiz Morais, mas conhecido como Cabeção, surgiu no time profissional no ano de 1950, assumiu a titularidade absoluta da equipe no ano seguinte, e teve grande importância na conquista do Campeonato Paulista de 1951. Ajudando o clube a quebrar um tabu de 10 anos sem conquistar um título.
Gylmar, um dos maiores goleiros da história do Corinthians e do futebol brasileiro, foi contratado em 52 e Cabeção foi para o banco de reservas. Duas temporadas depois, em 1954, com as constantes convocações para a Seleção Brasileira de seu concorrente, o goleiro voltou a ter oportunidades no time titular, e devido as suas boas apresentações, foi premiado com a convocação para a disputa da Copa do Mundo daquele ano.
Além de grandes partidas e títulos, Cabeção ficou marcado por algumas curiosidades. Dizia-se que o goleiro tinha dificuldade para enxergar a bola em partidas noturnas. Que seu desempenho era melhor durante o dia. Esse boato, porém, se espalhou após uma brincadeira do atacante Claudio.
Leia também:
ESPECIAL: A continência do xerife Balbuena e a Fiel
FUTEBOL E ARTE: 117 anos de Francisco Rebolo, o criador do atual escudo do Corinthians
Os goleiros daquela época usavam joelheiras e não usavam luvas para agarrar. Cabeção foi pioneiro, quando em 1957, se tornou o primeiro goleiro a usar luvas para defender. No ano seguinte, Gilmar dos Santos Neves também se destacaria, sendo o primeiro na posição a descartar as joelheiras.
Cabeção vestiu a camisa do Corinthians em 326 partidas e se sagrou campeão do Campeonato Paulista (1951 e 1954) e do Torneio Rio – São Paulo (1953/54).
Por Renan Sanchez
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados