Ex-cria do ‘terrão’ comenta sobre um dos jogos mais tensos do Corinthians
Antes de conquistar a Libertadores em 2012, o Corinthians passou por momentos difíceis no campeonato continental. Desclassificações na disputa da pré e eliminações dolorosas dentro de casa; o corinthiano não teve vida simples no torneio.
E um dos episódios mais tensos da história do time foi a eliminação para o River Plate, da Argentina. No dia 4 de maio de 2006, o Timão recebeu o clube argentino pelas oitavas da Libertadores. O primeiro jogo havia terminado 1 x 0 para a equipe de Buenos Aires.
Com um Pacaembu lotado, a partida foi bem tensa. No fim do primeiro tempo, Nilmar fez o gol do Timão e deu esperanças para a torcida. Porém, na segunda etapa o ‘caldo azedou’ quando Coelho fez contra, ainda aos 11 minutos. O jovem Higuaín anotou dois tentos e fez o placar de 3 x 1 para os visitantes. Revoltada com a eliminação, a torcida corinthiana tentou invadir o gramado e protagonizou cenas lamentáveis.
A visão de dentro de campo
Se para os corinthianos que viam a partida pela TV a situação já parecia complicada, imagina na ótica de quem estava dentro de campo? Revelado na base do Timão, o meia Bruno Octávio disputou a partida. Em entrevista recente à ESPN, o ex-jogador revelou um pouco sobre o terror vivido naquela noite.
“No jogo contra o River, eu tinha acabado de voltar de uma operação no púbis, mas fui relacionado. Quando vimos que ia dar m… Depois do terceiro gol deles, a instrução que deram foi de correr para o vestiário. Ficamos lá até quatro e meia da manhã, com torcedores querendo entrar e bater na gente.”, comentou o ex-atleta.
Projetando o que poderia acontecido caso os torcedores conseguissem invadir o vestiário, Bruno não consegue prever algo diferente de uma tragédia.
“A gente tinha vários seguranças, mas ficamos já prontos para ver de onde viria a confusão, pois era muita gente na arquibancada. Eles estavam tão revoltados que, se entrassem no vestiário, ia ter morte dos dois lados. Não tinha para onde correr.”, revelou Bruno Octávio.
De acordo com o ex-meia, a pressão para ganhar a Libertadores era muito grande na época.
“A Libertadores era o sonho de todo corinthiano. Era a única piada que os rivais tinham contra a gente. Por isso, era uma pressão absurda. A gente tinha obrigação de chegar sempre nas fases finais. E quem não era corinthiano, sempre torcia muito contra e secava a gente.”, ressaltou o ex-jogador da base do Timão.
Por: Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão