Jogador chegou ao Timão em 1938 e é ainda hoje, o sexto maior artilheiro da história do clube
Em 1938, o Corinthians vivia um momento mágico após o título paulista de 1937 em cima de seu grande rival, Palestra Itália. No início do ano, em uma excursão à Bahia, os dirigentes corinthianos se encantaram com o futebol de Servílio de Jesus, que estava de volta ao Galícia após breve passagem pelo Bahia.
Alguns meses depois, os cartolas concluíram a negociação e trouxeram o atleta para o Parque São Jorge. O meio campista se adaptou rapidamente com o manto alvinegro e escreveu uma linda história no Timão, fazendo famosa dupla com o centroavante Teleco, estrela da equipe.
No dia 3 de maio daquele ano, o jogador estreava pelo Corinthians contra o Lusitano na Fazendinha, em partida válida pelo Torneio Extra / Taça Artur Tarantino. A partida terminou 1×1, com gol de Teleco.
Por sua forma vistosa de jogar, Servílio recebeu o apelido de “bailarino” pelos torcedores e pela crônica esportiva. E logo o fez ser chamado para seleções brasileira e paulista.
Boa parte de sua trajetória no PSJ, jogou como meio campista, mas após a aposentadoria de Teleco, assumiu a função de centroavante.
Foi o primeiro jogador a envergar o número “9” na camisa alvinegra, em uma partida amistosa contra o River Plate da Argentina, no estádio do Pacaembu em 1946. Até aquela data, os números nas camisas ainda não existiam.
Ao todo, Servílio atuou 11 anos pelo Corinthians, entre 1938 e 1949. Foram 363 jogos com 241 vitórias, 51 empates, 71 derrotas e 201 gols marcados, o colocando como sexto maior artilheiro da história alvinegra.
Foi artilheiro do Campeonato Paulista em três oportunidades (1945 com 17 gols, 1946 com 19 gols e 1947 com 19 gols), e levantou três taças estaduais nos anos de 1938, 1939 e 1941.
Por Ciro Hey / Redação Central do Timão