Em campo, Zé Maria era a união de técnica e força, e quem entrava na bola dividida com ele provavelmente perderia
Corinthiano desde criança, Zé Maria defendia seu clube de coração como se defendesse sua própria vida. É considerado o maior lateral-direito do Corinthians de todos os tempos. “Super Zé”, “Cavalo de Aço”, “Robô” e “Muralha” são alguns dos apelidos que ele ganhou da Fiel, devido ao espírito de raça e lealdade que ele incorporava quando entrava em campo vestindo a camisa alvinegra.
Estreou no Corinthians em 1970, contra o Grêmio, em Porto Alegre. No entanto, somente dois anos depois, contra a Portuguesa, ele marcaria seu primeiro gol. O Timão venceu por 4 a 1 e logo no início, com o gol de Zé Maria abrindo o placar aos quatro minutos do primeiro tempo.
A partir dali ele marcaria mais 16 vezes. Foi do pés do Super Zé que saiu um dos gols mais memoráveis da história alvinegra, marcado por Basílio, na quebra do jejum de 23 anos sem o título paulista. Capitão da equipe de 1977, foi ele que ergueu a taça que havia prometido ao seu pai anos atrás.
Na primeira partida da final do Paulista de 1979, sofreu um corte no supercílio e se recusou a sair de campo. Assim, eternizou-se a imagem que até hoje simboliza a campanha Sangue Corinthiano, uma das imagens mais icônicas do futebol brasileiro e mundial.
Decidiu se aposentar em 1983, mas foi democraticamente eleito por seus colegas como novo treinador da equipe. No entanto, após dez jogos no comando, ele entregou o cargo a Jorge Vieira e voltou para os gramados. No dia de sua definitiva despedida, em meio às lágrimas e enquanto a torcida tirava a sua camisa, ele disse: “Estão tirando um pedaço de mim”.
A paixão de Zé Maria pelo Corinthians após parar de atuar aumentou ainda mais. Por isso, no memorial do Corinthians está exposta uma camiseta sua com a seguinte frase: “A esse clube que durante muitos anos foi a minha própria vida.”
Zé Maria é o quarto jogador que mais vestiu a camisa do Corinthians em toda a história. Atuou em 598 jogos e 17 gols, e conquistou quatro títulos Paulistas (1977, 1979, 1982 e 1983) ao longo de seus 13 anos como atleta do Corinthians.
Por Redação da Central do Timão
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