Com 113 anos de história, o Corinthians é um dos principais clubes de futebol do mundo, destacando-se não apenas por sua extensa coleção de títulos, mas também por desempenhar um papel significativo no desenvolvimento do esporte, por meio da formação de jogadores. Sua estrutura de base, reconhecida como uma das mais prolíficas do Brasil, tem lançado inúmeros talentos no cenário nacional e internacional.
Os “Filhos do Terrão”, como são conhecidos os atletas provenientes das categorias de base do clube, estão por todo o planeta, nos mais diversos times, seleções e ligas de prestígio. Por isso, a Central do Timão conduziu uma pesquisa junto a comunicadores corinthianos para eleger as 20 maiores revelações do Corinthians ao longo das últimas três décadas. Confira o resultado abaixo.
Metodologia
Com uma lista de 84 jogadores revelados pelo clube, os 21 participantes classificaram os atletas por ordem de relevância, com base em suas contribuições tanto no Timão quanto em suas carreiras profissionais, resultando em uma seleção dos 20 principais craques “made in Terrão” dos últimos tempos.
20º – Marcelo Djian
O ex-zagueiro estreou como profissional em 1987, aos 20 anos, mas se firmou apenas no ano seguinte e se manteve como titular absoluto do Corinthians durante cinco temporadas. Marcelo Djian formou uma defesa sólida e foi um dos pilares do título do Brasileirão de 1990, o primeiro da história do clube.
Marcelo Djian deixou o Corinthians em 1993, na metade do Brasileirão daquele ano, se transferindo para o Lyon, da França. O ex-zagueiro disputou 342 jogos, marcou quatro gols e conquistou três títulos com a camisa alvinegra: Brasileirão de 1990, Supercopa do Brasil de 1991 e Paulista de 1988.
No Lyon, Marcelo Djian se tornou um dos ídolos da torcida e, apesar de ter perdido um dos pênaltis na final da Copa da Liga Francesa de 1995/96, não pereu prestígio no clube, algo comprovado na temporada seguinte, quando foi aplaudido de pé pelos torcedores franceses durante jogo contra o Olympique de Marselha.
Depois de 114 jogos e um gol pelo Lyon, Djian retornou ao Brasil para jogar no Cruzeiro em 1997. Pelo clube mineiro, foi vice-campeão do Brasileirão de 1998, justamente em final contra o Corinthians. Encerrou a carreira em 2002, pelo Atlético-MG. Já com a camisa da Seleção Brasileira, foram apenas duas partidas.
19º – Maycon
O volante ganhou a primeira oportunidade no elenco profissional em 2016, mas foi pouco utilizado ao longo daquele ano. Maycon estourou apenas em 2017, sendo titular absoluto do Corinthians campeão do Paulistão e do Brasileirão, formando dupla de sucesso com Gabriel.
Foi um dos jogadores mais utilizados pelo técnico Fábio Carille em 2017 e, mesmo com o interesse da Europa, permaneceu no Corinthians para o primeiro semestre de 2018. O volante, então, seguiu como fundamental no elenco alvinegro e foi responsável pelo gol que garantiu o título do Paulistão de 2018 nos pênaltis contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
Diante do interesse do exterior, o Corinthians não conseguiu segurar Maycon para o segundo semestre de 2018 e o jogador deixou o clube rumo ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Permaneceu por lá até 2022, acertando seu retorno por empréstimo ao Timão, em meio à guerra no Leste Europeu.
Maycon teve momentos de baixa na segunda passagem pelo Corinthians, mas deu a volta por cima ao longo de 2023 e, agora, é considerado titular absoluto. Pelo clube, o volante soma 188 jogos, 13 gols marcados e os títulos dos Paulistas de 2017 e 2018 e do Brasileirão de 2017. Ele ainda aguarda a primeira oportunidade na Seleção Brasileira.
18º – Robert Renan
O zagueiro, de apenas 20 anos, estreou como profissional em abril de 2022 e rapidamente caiu nas graças da torcida do Corinthians pela velocidade, técnica e saída de bola. Robert Renan teve ascensão meteórica no clube e, após somente 13 jogos, nenhum gol marcado e nenhum título conquistado com a camisa alvinegra, deixou o Parque São Jorge rumo ao Zenit, da Rússia.
Robert Renan foi envolvido numa negociação complexa com os russos. O jogador não rendeu dinheiro ao Corinthians e foi para o Zenit em troca da permanência definitiva do centroavante Yuri Alberto. O zagueiro logo ganhou chances como titular no futebol europeu e começou a chamar a atenção das principais ligas da Europa.
Pelo desempenho na Rússia, Robert Renan já foi convocado pela Seleção Brasileira principal, apesar de ainda não ter estreado. No início de 2023, foi capitão do Brasil no título do Sul-Americano Sub-20.
Mesmo longe, Robert Renan sempre faz questão de demonstrar seu carinho e identificação com o Corinthians através de seu perfil no X (antigo Twitter). O zagueiro já prometeu que, no futuro, irá retornar ao clube que o revelou para o futebol.
17º – Marques
O ex-atacante fez sua estreia pelo Corinthians em 1992 e participou de títulos importantes da história alvinegra, como o Paulista de 1995, a Copa Bandeirantes de 1994 e a Copa do Brasil de 1995. Pelo clube, fez 146 jogos e marcou 36 gols. Entre 1996 e 1997, Marques teve rápidas passagens por Flamengo e São Paulo, mas só voltou a se destacar no Atlético-MG, onde chegou em 1997.
Foi pelo Galo onde Marques mais se destacou na carreira. Jogador veloz e habilidoso, disputou mais de 350 jogos pelo clube mineiro e, por lá, recebeu o apelido de Xodó da Massa. Já em 2003, defendeu o Vasco antes de se aventurar no Japão com a camisa do Nagoya Grampus.
Marques teve nova passagem pelo Atlético-MG entre 2006 e 2007 e, depois de jogar novamente no Japão, agora pelo Yokohama Marinos, encerrou a carreira como ídolo do Galo em 2010. O principal título do ex-atacante no clube mineiro foi a Copa Conmebol de 1997, além de alguns estaduais.
Pelas atuações no Atlético-MG, Marques acumulou algumas convocações pela Seleção Brasileira, mas não conquistou nenhum título com a camisa amarelinha e nem disputou Copa do Mundo.
16º – Gil
O ex-atacante estreou pelo Corinthians em janeiro de 2000, logo após a conquista do Mundial da FIFA em cima do Vasco. Gil fez parte de uma das épocas mais vitoriosas da história do clube e ganhou títulos como os Paulistas de 2001 e 2003, o Torneio Rio-São Paulo de 2002, a Copa do Brasil de 2002 e o Brasileirão de 2005. Deixou o Timão em 2005 para acertar com o Tokyo Verdy, do Japão.
Gil permaneceu no Japão até 2006, quando retornou ao Brasil para atuar no Cruzeiro. Mesmo com uma passagem apagada, ganhou chance na Europa e jogou uma temporada no Gimnàstic de Tarragona, da Espanha. Entre 2007 e 2010, defendeu Internacional, Botafogo e Flamengo, sendo campeão do Brasileirão de 2009 pelo Rubro-Negro.
O ex-jogador, então, acertou com o União Mogi para disputar a quarta divisão de São Paulo em 2011. O clube mogiano foi o último de Gil até 2014, quando o ex-atacante assinou com o ABC, mas não chegou a estrear. Já em 2015, se despediu dos gramados com a camisa do Juventus da Mooca.
Pelo Corinthians, Gil disputou 263 jogos, sendo 228 como titular, e marcou 57 gols. Na passagem pelo clube, entrou na seleção do Bola de Prata do Brasileirão de 2002, campeonato onde amargou um vice-campeonato contra o Santos. O ex-atacante também fez seis partidas pela Seleção Brasileira.
15º – Paulo Sérgio
O ex-atacante estreou como profissional em 1988. Para ganhar experiência, foi emprestado ao Novorizontino no ano seguinte, mas retornou em 1990 e foi uma das principais peças do elenco campeão do primeiro Brasileirão da história do Corinthians. A primeira convocação à Seleção Brasileira veio em 1991.
Versátil, o ex-jogador chegou a atuar pelos dois lados do ataque, além de centroavante, meio-campista, lateral e até como goleiro, após uma expulsão de Ronaldo Giovanelli contra o São Paulo, em 1993. Permaneceu no Corinthians até aquele ano, sendo negociado com o Bayer Leverkusen, da Alemanha.
Paulo Sérgio não precisou de adaptação na Europa e se destacou logo na primeira temporada, com 17 gols no Campeonato Alemão. Em 1997, o ex-atacante se transferiu para a Roma, da Itália, onde ficou até 1999. Depois, acertou a volta à Alemanha, agora para jogar no gigante Bayern de Munique. Na Bavária, somou títulos expressivos: uma Liga dos Campeões, uma Copa Intercontinental, dois Campeonatos Alemães e outas copas nacionais.
Antes de pendurar as chuteiras, ainda jogou pelo Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e pelo Bahia, onde encerrou a carreira. Pelo Corinthians, fez 183 jogos, 24 gols e conquistou o Brasileirão de 1990 e a Supercopa do Brasil de 1991. Já com a camisa da Seleção Brasileira, ergueu a Copa do Mundo de 1994 como reserva.
14º – Guilherme Arana
O lateral-esquerdo estreou como profissional em 2015, mas não pelo Corinthians, e sim pelo Athletico-PR, onde atuou emprestado. Guilherme Arana, porém, fez apenas três jogos pelo Furacão, antes de ter seu retorno solicitado pelo Timão para o Brasileirão de 2015, após a saída de Fábio Santos para o Cruz Azul, do México, para ser reserva imediato de Uendel.
Guilherme Arana somou boas atuações no Brasileirão de 2015, sempre entrando na vaga de Uendel, e conquistou o hexacampeonato nacional com o Corinthians. O lateral-esquerdo seguiu como suplente em 2016 e só se tornou titular em 2017. Rapidamente, virou um dos destaques do clube e peça importante nos títulos do Brasileirão e do Paulistão daquele ano.
Pela ótima temporada, Arana foi vendido ao Sevilla, da Espanha, em dezembro de 2017. No entanto, o lateral-esquerdo conviveu com poucas oportunidades no futebol espanhol e acabou emprestado à Atalanta, da Itália, em 2019. Na época, o jogador esteve perto de retornar ao Corinthians, mas a negociação não se concretizou.
Meses depois da negociação frustrada, Arana retornou ao Brasil, mas para defender o Atlético-MG, onde segue até hoje. Titular absoluto no Galo, esteve cotado para jogar a Copa do Mundo de 2022, mas uma grave lesão no joelho atrapalhou os planos do jogador. Pela Seleção Brasileira, o lateral soma seis jogos. Já pelo Corinthians, foram 87 partidas, três gols e três títulos: Brasileiros de 2015 e 2017 e Paulista de 2017.
13º – Dinei
O ex-atacante estreou como profissional em outubro de 1990, aos 20 anos. Pouco depois de debutar, já ergueu seu primeiro título com a camisa alvinegra: o histórico Brasileirão de 1990, o número um dos sete conquistados pelo clube. Ele fez 62 jogos nessa primeira passagem, marcou 12 gols e foi negociado com o Guarani em 1992.
Ao longo da década de 1990, Dinei ainda rodou por clubes do Brasil e do exterior antes de retornar ao Corinthians. O ex-atacante defendeu, além do Guarani, Grasshoppers-SUI, Portuguesa, Internacional, Cruzeiro, Coritiba e Inter de Limeira. A volta ao Timão aconteceu em 1998 e consolidou o ex-jogador como um dos grandes nomes da história alvinegra.
Logo em sua primeira temporada na segunda passagem, foi fundamental na conquista do segundo troféu brasileiro do Corinthians ao marcar gol na primeira final contra o Cruzeiro, que terminou empatado em 2 x 2. Já na terceira e última partida, deu assistências para os gols de Marcelinho Carioca e Edilson na vitória por 2 x 0, que selou o título.
Dinei também participou ativamente do título do Brasileirão de 1999 e se tornou o primeiro jogador a conquistar três títulos brasileiros na história do Corinthians, feito que só foi igualado pelo ex-meia Danilo na década de 2010, com as taças de 2011, 2015 e 2017. O ex-atacante ainda ergueu o Mundial de 2000, a Supercopa do Brasil de 1991 e o Paulistão de 1999 com a camisa alvinegra.
Ao todo, contando as duas passagens, Dinei disputou 194 jogos pelo Corinthians e marcou 34 gols. Ele encerrou a carreira em 2003, atuando pela Portuguesa Santista.
12º – Malcom
O atacante estreou como profissional em 2014, com apenas 17 anos, e logo se tornou peça importante na campanha alvinegra no Brasileirão daquele ano. Iniciou 2015 em alta e, ainda garoto, com 18 anos, foi titular do Corinthians no hexacampeonato brasileiro. Pelo destaque, atraiu interesse da Europa e foi vendido ao Bordeaux, da França, em 2016.
Malcom manteve o crescimento no futebol francês e, em 2018, se transferiu para o Barcelona, da Espanha. O atacante alternou entre titular e reserva no clube catalão, mas não permaneceu na temporada seguinte e, em 2019, deixou a Catalunha rumo ao Zenit, da Rússia, após conquistar o Campeonato Espanhol de 2018/19. A primeira convocação à Seleção Brasileira aconteceu na época vestindo a camisa blaugrana.
Foi na Rússia onde o jogador realmente assumiu protagonismo. Malcom se tornou titular absoluto e ídolo do Zenit, permanecendo em São Petersburgo até a metade de 2023, quando foi negociado por 60 milhões de euros com o Al Hilal, da Arábia Saudita, se tornando a maior venda da história do futebol russo.
Pela Seleção Brasileira, Malcom fez o gol que garantiu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2020, em final contra a Espanha, na prorrogação. Já pela equipe principal da amarelinha, são dois jogos disputados, ambos em 2023. No Corinthians, ao todo, foram 73 jogos, dez gols e o título do Brasileirão de 2015.
11º – Kleber
O ex-lateral-esquerdo estreou como profissional em 1998 e, da lista, é quem mais ergueu troféus pelo Corinthians, sendo parte importante de uma das épocas mais vitoriosas da história do clube. Foram oito títulos no total: os Brasileiros de 1998 e 1999, os Paulistas de 1999, 2001 e 2003, o Mundial de 2000, a Copa do Brasil de 2002 e o Torneio Rio-SP de 2002.
Kleber deixou o Corinthians em 2003, após 260 jogos e oito gols marcados, rumo ao Hannover 96, da Alemanha. Fez poucas partidas no futebol alemão e, em 2004, se transferiu para o Basel, da Suíça, mas seguiu sem despontar na Europa. Por isso, decidiu retornar ao Brasil em 2005 para jogar pelo Santos.
Permaneceu no Santos até 2008, acertando com o Internacional no ano seguinte. O ex-lateral se tornou ídolo colorado e fez parte da campanha do bicampeonato da Libertadores do clube gaúcho, em 2010. Ele seguiu no Rio Grande do Sul até 2013, antes de se aposentar pelo Figueirense, em 2014.
Pela Seleção Brasileira, Kleber fez 21 jogos e marcou um gol entre 2002 e 2011. Também conquistou a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009, mas não disputou nenhuma Copa do Mundo, apesar de ter sido peça frequente nas convocações de Dunga para o Mundial de 2010.
10º – Deco
Da lista, o ex-meia é o que menos atuou pelo Corinthians. Foram apenas dois jogos, sendo um como titular, ambos em 1996. Teve a primeira chance na Europa logo no ano seguinte, em 1997, ao assinar com Benfica, de Portugal, mas Deco não entrou em campo com a camisa encarnada. Defendeu, ainda, Alverca e Salgueiros no futebol português, antes de se transferir para o Porto, onde despontou de vez.
Pelos Dragões, Deco fez parte do histórico esquadrão campeão da Liga dos Campeões de 2003/04, sendo eleito o melhor jogador da Europa naquela temporada. Também conquistou outros títulos expressivos, como a Liga Europa de 2002/03 e três edições do Campeonato Português, entre outras copas nacionais. Pelo sucesso no Porto, se naturalizou português para defender a seleção de Portugal.
Deco atuou pela Seleção Portuguesa entre 2003 e 2010 e disputou competições como Eurocopa e Copa do Mundo. O ex-meia deixou o Porto em 2004, rumo ao Barcelona, onde seguiu com destaque e conquistou a Liga dos Campeões de 2005/06, além de duas ligas espanholas. Passou, ainda, pelo Chelsea, sendo campeão do Campeonato Inglês de 2009/10.
Retornou ao Brasil em 2010 para defender o Fluminense, onde se tornou ídolo e conquistou dois Campeonatos Brasileiros. Deco se aposentou em 2013, com a camisa tricolor, e não teve a oportunidade de voltar a jogar pelo Corinthians.
9º – Edu Gaspar
O ex-volante estreou como profissional em 1998, aos 19 anos, e fez parte da campanha dos títulos do Brasileirão de 1998 e 1999, além do Mundial de 2000 e do Paulistão de 1999. Edu Gaspar deixou o Corinthians em 2001, após 94 jogos e um gol marcado, rumo ao Arsenal.
Ele defendeu os Gunners até 2005 e fez parte da histórica campanha do título inglês invicto de 2003/04. Depois de conquistar outros títulos pelo Arsenal, como a Copa e a Supercopa da Inglaterra, e de acumular convocações para a Seleção Brasileira, Edu Gaspar deixou o clube londrino e se transferiu para o Valencia, da Espanha, em 2005. Por lá, conquistou uma Copa do Rei e permaneceu até 2009, quando retornou ao Corinthians.
Edu, então, decidiu encerrar a carreira em março de 2011 e foi anunciado como novo gerente de futebol do Corinthians. Ele exerceu o cargo até 2016, quando rumou com Tite para a Seleção Brasileira. Trabalhou na CBF até o título da Copa América de 2019 e, desde então, é funcionário do Arsenal. Recentemente, foi eleito pelo jornal italiano Tuttosport o melhor diretor do futebol europeu pelo trabalho nos Gunners.
Pelo Corinthians, contando as duas passagens, Edu Gaspar fez 121 jogos, marcou um gol e ganhou quatro títulos, citados acima. Já como gerente de futebol, o ex-volante fez parte da época mais vitoriosa da história do clube, com conquistas como a Libertadores e o Mundial de 2012, a Recopa Sul-Americana e o Paulistão de 2013 e o Brasileirão de 2015.
8º – Willian
O meia-atacante estreou como profissional em 2006, mas foi vendido para a Europa rapidamente, após somente 41 jogos disputados. Willian rumou em 2007 para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e se tornou ídolo do clube, com 36 gols marcados em 221 jogos e o título da Liga Europa de 2008/09, além de outros torneios nacionais.
O maior destaque de Willian na Europa, no entanto, não foi na Ucrânia, e sim na Inglaterra. Depois de rápida passagem pelo Anzhi Makhachkala, da Rússia, o jogador se transferiu para o Chelsea em 2013 e se tornou ídolo dos Blues. Ele permaneceu no clube londrino até 2020 e somou títulos como duas edições do Campeonato Inglês e uma Liga Europa.
Willian também acumulou convocações para a Seleção Brasileira e disputou as Copas do Mundo de 2014 e 2018. Foi, ainda, campeão da Copa América de 2019 com a amarelinha. Deixou o Chelsea rumo ao maior rival do clube, o Arsenal, mas, sem destaque, se despediu dos Gunners após somente uma temporada e retornou ao Corinthians em 2021.
A segunda passagem de Willian pelo Corinthians começou badalada em função do sucesso dele na Europa, mas não encerrou como o imaginado. O meia-atacante pediu a rescisão do contrato em agosto de 2022, após alegar que sofreu ameaças de alguns torcedores. Hoje, o jogador defende o Fulham, da Inglaterra. Foram, ao todo, 86 jogos e apenas três gols marcados com o manto alvinegro.
7º – Marquinhos
Assim como Willian, o zagueiro é outro que não teve muito destaque no Corinthians e estourou para o futebol na Europa. Marquinhos estreou como profissional em 2011, fez apenas 14 jogos com a camisa alvinegra e, sem espaço, se transferiu para a Roma, da Itália, naquele ano. Não demorou para o jogador chamar a atenção de outros clubes europeus e, em 2013, se transferiu para o Paris Saint-Germain, da França.
Marquinhos defende o PSG até os dias atuais e se tornou o segundo jogador com mais jogos pelo clube francês (421). Em breve, deve assumir a liderança do ranking ao ultrapassar Jean-Marc Pilorget (436). O zagueiro é titular absoluto e capitão da equipe parisiense, onde conquistou oito títulos do Campeonato Francês, além de várias outras copas nacionais.
Pelo destaque na França, Marquinhos segue acumulando convocações para a Seleção Brasileira e vem sendo escolhido como capitão pelo técnico Fernando Diniz. O zagueiro já soma 83 jogos com o elenco principal da amarelinha e disputou as Copas do Mundo de 2018 e 2022. Fez parte do título da Copa América de 2019 e do elenco medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016.
Pelo Corinthians, Marquinhos viveu situação inusitada ao ser dono da camisa 10 na campanha do título inédito da Libertadores de 2012. Ele, porém, não é considerado campeão continental porque não entrou em campo na competição.
6º – Fagner
O lateral-direito estreou como profissional com apenas 17 anos, em 2006, mas fez somente sete jogos antes de ser vendido ao PSV Eindhoven, da Holanda. Porém, Fagner não vingou no futebol holandês e retornou ao Brasil em 2009 para defender o Vasco, onde se destacou e ganhou visibilidade para retornar à Europa em 2012, agora pelo Wolfsburg, da Alemanha.
No entanto, Fagner não demorou para voltar, novamente, ao Brasil. Foram apenas 30 jogos pelo Wolfsburg e o lateral acertou com o Vasco para sua segunda passagem em São Januário, agora por empréstimo, em 2013. No ano seguinte, decidiu retornar ao Corinthians para suprir a lacuna deixada pela aposentadoria do ídolo Alessandro e, desde então, marcou seu nome na história do clube.
Fagner segue no Corinthians até os dias atuais, sem interrupção, e se consagrou como um dos maiores laterais da história alvinegra. Ele é o nono jogador e o segundo lateral-direito com mais jogos (532) pelo clube, além de ser o segundo atleta que mais atuou pelo Timão no século XXI, atrás apenas de Cássio. Foram, ainda, 12 gols marcados e cinco títulos conquistados: Paulistas de 2017, 2018 e 2019 e Brasileiros de 2015 e 2017.
Dono de uma técnica apurada para um lateral, se destacando principalmente no apoio ao ataque, Fagner é considerado um dos melhores da posição no Brasil. Em seu auge, foi convocado pela Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, sendo titular em função da lesão de Danilo.
5º – Jô
O ex-centroavante estreou como profissional aos 16 anos, três meses e 29 dias em 2003, sendo, até 2019, o jogador mais novo a vestir a camisa alvinegra. Jô defendeu o Corinthians até 2005 e fez parte do tetracampeonato brasileiro naquele ano. Deixou o clube rumo ao CSKA Moscou, da Rússia, e ainda passou pela Inglaterra (Manchester City e Everton) e pela Turquia (Galatasaray) antes de voltar ao Brasil.
Retornou ao país de origem para jogar pelo Internacional, mas não obteve sucesso. Já em 2012, acertou com o Atlético-MG e se tornou ídolo do clube, sendo artilheiro da primeira e única Libertadores conquistada pelo Galo, em 2013. Permaneceu por lá até 2015 e, em 2014, foi convocado pela Seleção Brasileira para a Copa do Mundo.
Depois de passagens pelo Al-Shabab, da Arábia Saudita, e pelo Jiangsu Suning, da China, decidiu voltar ao Corinthians para a temporada de 2017. Foi quando Jô marcou de vez seu nome na história do Corinthians. O ex-atacante foi o artilheiro e eleito craque do Brasileirão daquele ano, conquistado pelo Timão, na época comandado pelo técnico Fábio Carille. Também caiu nas graças da torcida pelos gols marcados em clássicos.
Deixou o Corinthians em 2018 e retornou em 2020, para a terceira e última passagem, sem tanto sucesso. Fez o último jogo com a camisa alvinegra em maio de 2022 e se despediu após 284 jogos, 65 gols e três títulos: Paulista de 2017 e Brasileiros de 2005 e 2017. Jô está aposentado desde o começo deste ano, após passagens por Ceará, no segundo semestre de 2022, e Al Jabalain, da Arábia Saudita, no início de 2023.
4º – Silvinho
O ex-lateral-esquerdo estreou como profissional em 1993, mas se firmou apenas em 1995. Pela técnica e facilidade com desarmes, chegou até a ser utilizado como volante em algumas partidas. Ficou no Corinthians até 1999, ano em que foi vendido para o Arsenal, da Inglaterra. Foram 269 jogos, dois gols marcados e cinco títulos com a camisa alvinegra: Paulistas de 1995, 1997 e 1999, Copa do Brasil de 1995 e Brasileirão de 1998.
Na Europa, Sylvinho brilhou. Pelo Arsenal, conquistou a Supercopa da Inglaterra de 1999 e logo chamou a atenção do futebol espanhol, para onde foi em 2001, quando acertou com o Celta de Vigo. Também fez seis jogos pela Seleção Brasileira entre 1997 e 2001.
Já em 2004, se transferiu para o Barcelona e fez parte de um dos maiores esquadrões da história, sendo campeão de duas edições da Liga dos Campeões (2005/06 e 2009/09) com a camisa blaugrana, além de três Campeonatos Espanhóis (2004/05, 2005/06 e 2008/09).
No Barcelona, o ex-lateral ainda levantou outras copas nacionais e, em 2009, deixou o clube catalão para jogar no Manchester City. De volta à Inglaterra, não teve muito destaque e se aposentou em 2011. Pouco depois de pendurar as chuteiras, retornou ao Corinthians para ser auxiliar-técnico entre 2013 e 2014. Já em 2021, assumiu o comando alvinegro como treinador efetivo, sendo demitido em 2022.
3º – Zé Elias
O ex-volante é, até hoje, um dos mais novos a entrar em campo pelo Corinthians. A estreia como profissional aconteceu em 1993, quando Zé Elias ainda tinha apenas 16 anos. Rapidamente caiu nas graças da torcida pela raça e disposição em campo, sendo apelidado de “Zé da Fiel”. Já em 1995, recebeu a primeira convocação à Seleção Brasileira e fez 12 jogos com a amarelinha.
Deixou o Corinthians ainda muito novo, em 1996, para jogar no Bayer Leverkusen, da Alemanha. Também rodou o futebol italiano em clubes como Bologna, Genoa e, principalmente, a Internazionale, onde atuou ao lado de Ronaldo Fenômeno, que mais tarde se tornaria ídolo alvinegro. Defendeu ainda Santos, Guarani e Londrina no Brasil, até se aposentar em 2009, no Rheindorf Altach, da Áustria.
Pelo Corinthians, foram 161 jogos, dois gols marcados e três títulos conquistados: a Copa Bandeirantes de 1994, o Paulistão de 1995 e a Copa do Brasil de 1995.
2º – Viola
O ex-atacante estreou como profissional em 1988. No mesmo ano, marcou, na prorrogação, o gol que deu o título do Paulistão ao Corinthians, em final contra Guarani. Porém, demorou para se firmar e, entre 1990 e 1991, acumulou empréstimos para São José e Olímpia.
Pelos empréstimos, não participou do título do Brasileirão de 1990. Viola, porém, retornou ao Corinthians em 1992, mais experiente, e permaneceu até 1995. Deixou o clube rumo ao Valencia, da Espanha, mas logo retornou ao Brasil, onde defendeu equipes como Palmeiras, Santos, Vasco, Guarani, Bahia e Flamengo. Encerrou a carreira em 2016, no Taboão da Serra.
Viola também é bastante lembrado pelo torcedor alvinegro por conta de uma comemoração de porco ao marcar um gol contra o Palmeiras no primeiro jogo da final do Paulistão de 1993, ao completar cobrança de falta de Neto. A provocação irritou muito a torcida alviverde.
Pelo Corinthians, conquistou os Paulistas de 1988 e 1995, a Copa Bandeirantes de 1994 e a Copa do Brasil de 1995. Foram 283 jogos e 105 gols marcados, sendo o 16º maior artilheiro da história alvinegra. Também foi campeão da Copa do Mundo de 1994 com a Seleção Brasileira, nos Estados Unidos, e entrou na prorrogação da final contra a Itália.
1º – Ronaldo Giovanelli
O ex-goleiro esteou como profissional em 1988 e permaneceu no clube durante dez anos, ou seja, até 1998. Jogou em outros clubes de expressão, como Fluminense, Cruzeiro, Portuguesa e Ponte Preta, mas nunca foi o mesmo, até pelo corinthianismo debaixo das traves. Ele defendeu a Seleção Brasileira em nove jogos.
Ídolo incontestável, quase herói, Ronaldo é, para a Fiel, um dos maiores símbolos do corinthianismo. O ex-goleiro logo apresentou seu cartão de visitas à torcida. Na estreia oficial, em tarde de defesas técnicas, o inspirado arqueiro ainda pegou um pênalti batido pelo uruguaio Daryo Pereira, na vitória sobre o São Paulo por 2 x 1 pelo Paulista de 1988, dando início à campanha da conquista do título estadual daquela temporada.
Ver Ronaldo defendendo o Timão era um show à parte. Dono de apurado reflexo, provocativo, cheio de personalidade e muito ágil, Ronaldo gostava de valorizar as defesas, executando pontes acrobáticas, levando a Fiel ao delírio. Suas camisas coloridas eram disputadíssimas pela Fiel.
Pelo Corinthians, fez 602 jogos e era, até 2022, o goleiro com mais partidas na história do clube, sendo ultrapassado por Cássio. Esteve presentes em grandes conquistas com a camisa alvinegra, como os Paulistas de 1988, 1995 e 1997, o Brasileirão de 1990, a Supercopa do Brasil de 1991 e a Copa do Brasil de 1995.
O Top 30
Muitos outros jogadores formados nas categorias de base do clube não foram incluídos no rol das 20 maiores revelações corinthianas dos últimos tempos, mas foram lembrados pelos comunicadores que participaram da votação. Confira os mais votados:
21º – Dentinho
22º – Júlio César
23º – Éverton Ribeiro
24º – Murillo
25º – Fernando Baiano
26º – Cris
27º – Éwerton
28º – Gabriel Moscardo
29º – Rosinei
30º – Carlos Augusto
Comunicadores participantes
Os 21 comunicadores corinthianos que participaram da votação foram: Alex Dinarte (Central do Timão e Rádio Coringão); Alexandre Gimenes (Central do Timão); Bismarck Rodrigues (Rádio Coringão); César Ferreira (Central do Timão); Ciro Hey (Central do Timão); Gui Morais (Voz do Esporte e Central do Timão); Jade Gimenes (Trivela); Kauê Arnesi (YouTimão); Larissa Beppler (Central do Timão); Lud Fonseca (YouTimão); Luis Butti (IDC); Luis Cláudio de Paula (Energia 97); Luis Guilherme (Central do Timão); Marcelino Rocha (ex-Central do Timão); Marcelo de Mello (Fala Muito Fiel); Mano Brito (Central do Timão); Manoel Silva (Central do Timão); Mayara Munhoz (Meu Timão); Rafael Esgrilis (Rádio Energia 97 e Rádio Tropical FM); Raul Moura (ESPN); Ricardo Xis (Rádio 09 e Central do Timão).
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Baita matéria!!!
2 candidatos fraquíssimos