Nesta semana, nos dias 29, 30 e 01, o Corinthians participou de audiências envolvendo o centroavante Jô e a equipe Nagoya Grampus, do Japão. O caso, que aconteceu na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, pode resultar em um valor de R$ 20 milhões, mas o veredito sairá apenas em 2022 e não será passível de recurso.
Em novembro do ano passado, vale lembrar, o clube asiático ganhou o processo que corria na FIFA e o Corinthians foi condenado a pagar uma indenização de 3,4 milhões de dólares (cerca de R$ 18 milhões na cotação da época).
Posteriormente, a defesa de Jô decidiu recorrer da condenação na Corte Arbitral do Esporte (CAS) para tentar reverter a decisão. O Corinthians, por outro lado, que segundo o advogado do jogador, não tem parte do processo, alegou que tomaria as providências necessárias quando chegasse a fundamentos da decisão.
Há um ano, o Corinthians acertou o retorno de Jô para a terceira passagem do atacante pelo clube, onde foi formado e revelado. O centroavante, no entanto, tinha contrato com o Nagoya Grampus até o fim da temporada passada. Com isso, a equipe alegou abandono de trabalho por parte de Jô e suspendeu os pagamentos ao atleta, solicitando indenização referente ao valor restante do contrato até dezembro.
O ‘conflito’ entre o jogador e a equipe japonesa já havia se iniciado em fevereiro de 2020. Segundo o advogado do camisa 77 do Timão, Breno Tannuri o imbróglio surgiu após Jô ser constatado com uma lesão no joelho esquerdo.
“O treinador do Nagoya entendeu que o Jô tinha que ficar no Japão, mesmo com o clube fora para pré-temporada. Só que os fisioterapeutas e médicos viajaram com o time, estavam fora do país. O Jô entendeu que não iria se recuperar bem, precisava de uma fisioterapia que fizesse efeito e veio ao Brasil se tratar no Flamengo. Ele custeou a viagem para ter um tratamento melhor”, disse o advogado ao GE.
Logo após, o atacante voltou com Claudia Silva, sua esposa, para o Japão e não foi relacionado para as partidas que ocorreram antes de surgir a pandemia do novo coronavírus. Com a suspensão do torneio por conta do vírus, o centroavante retornou ao Brasil para rever seus filhos que estavam com os avós.
“Ele deixou os filhos no Brasil com os avós. Só que começou um “zum-zum-zum” de que os estrangeiros não poderiam sair do Japão. Quando falaram que seria fechada a fronteira, o Jô disse: “eu preciso voltar”. Isso foi em abril. Então, eles voltam ao Rio de Janeiro.”
Semanas depois, Jô foi informado que seu pagamento estava suspenso, pois o clube japonês havia liberado atletas para ficarem em casa, mas em solo japonês. Mesmo com explicações por parte do atacante, o clube se manteve firme na decisão.
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