A diretoria do Corinthians está ciente das limitações financeiras que afetam as movimentações do clube, especialmente com a aproximação da janela de transferências de julho e a necessidade de reforçar o elenco. Com um cenário econômico desfavorável e dívidas superiores a R$ 2 bilhões, o clube entende que não poderá realizar grandes investimentos. Diante disso, a estratégia será apostar em oportunidades de mercado, como atletas livres ou contratações por empréstimo.
Em entrevista ao Flow Podcast, o presidente do Corinthians destacou destacou que manter o elenco atual é, para ele, o maior reforço que o time pode ter. “Minha grande contratação foi manter o elenco. Tive que dar aumento para alguns atletas, porque tive que aumentar a multa (deles). Temos um esqueleto muito bom, mas depende do nosso próximo treinador”, afirmou Augusto Melo.
A permanência de peças-chave do elenco é considerada fundamental para a estabilidade da equipe. A cúpula do clube garante que fará todo o possível para manter um plantel competitivo, mesmo diante das dificuldades financeiras.
A estratégia não é nova: nos últimos anos, o Corinthians tem adotado uma política de contratações sem grandes custos financeiros. Nomes como Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes, Willian e Memphis Depay chegaram ao clube sem custos de transferência, com o clube arcando apenas com salários, direitos de imagem e bonificações. A janela de janeiro de 2025 seguiu essa linha, com o lateral-esquerdo Fabrizio Angileri chegando após rescindir com o Getafe-ESP.
“A gente procura contratar de comum acordo, dentro das nossas características“, disse o presidente, destacando que a filosofia de contratações vai além das preferências do treinador, mas também leva em consideração a identificação dos atletas com o clube.
Com a definição do novo treinador ainda pendente, o Corinthians segue atento ao mercado. A diretoria acredita que, com um novo comando, a equipe pode evoluir em desempenho, especialmente no setor defensivo, considerado um dos principais pontos fracos da última temporada.
“O Corinthians está no mercado sempre. Se houver necessidade, não vamos medir esforços para reforçar o elenco”, afirmou o presidente, acrescentando que a decisão final sobre possíveis reforços será tomada em conjunto com o novo comandante, que está sendo aguardado com expectativa.
Em meio às negociações, o mandatário também afirma estar empenhado em garantir a permanência de jogadores importantes.
“É difícil falar quem deve ficar. Tem multa, certas propostas às vezes irrecusáveis. Eu recebi proposta irrecusável e recusei”, revelou o presidente, citando o caso de Garro, que foi alvo de uma proposta vantajosa, mas optou por seguir no Corinthians. “Se depender de mim, não vou vender ninguém. Quero um atleta por dois, três anos, para valorizá-lo”, completou.
Com um déficit de R$ 181 milhões em 2024, o Corinthians ajusta suas expectativas e adota uma postura cautelosa, buscando aproveitar as oportunidades de mercado sem comprometer sua saúde financeira. O foco agora é otimizar o elenco e aguardar a definição do novo treinador para dar continuidade ao planejamento da temporada 2025.
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