Na noite da última quarta-feira, 21, o confronto entre Santos e Corinthians realizado na Vila Belmiro foi encerrado antes do previsto por conta de cenas de violência protagonizadas por torcedores do clube mandante. O árbitro Leandro Pedro Vuaden registrou na súmula protestos e arremessos de bombas e rojões ao gramado, o que pode acarretar em punições ao clube do litoral paulista.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve oferecer denúncia contra o Santos. A decisão será tomada após análise da súmula e outros documentos. O procurador-geral Ronaldo Piacente atendeu ao portal ge.globo e revelou que será feito um pedido de interdição do estádio ou que os próximos jogos sejam com portões fechados. A definição deve acontecer nesta quinta-feira, 22.
O Santos pode ser condenado com base nos parágrafos I e III artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que apontam justamente: I — desordens em sua praça de desporto; III – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. A punição prevista no artigo é de até 100 mil reais em multa e perda de mando de campo de um a dez jogos, dependendo da gravidade do ato.
“Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, quando participante da competição oficial”, explica o texto do CBJD.
Não é a primeira vez que acontece um caso dessa natureza, portanto, a punição ao Santos deve ser maior por ser reincidente. Em 2022, em partida da Copa do Brasil diante do próprio Corinthians, Torcedores também atiraram rojões e sinalizadores no gramado, além de terem invadido o campo e tentado agredir o goleiro Cássio.
Naquela ocasião, o STJD condenou o clube a jogar duas partidas da Copa do Brasil de portões fechados, além de aplicar uma multa de 35 mil reais. O Santos cumpriu a pena no jogo diante do Iguatu, na edição deste ano da competição, mas teve a pena convertida no duelo contra o Botafogo-SP, sendo autorizado a vender ingressos para mulheres não afiliadas às organizadas, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência.
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