Na entrevista coletiva dada pelo professor Fábio Carille no CT do Corinthians, nesta sexta, dia 28, logo após o treino, chamou a atenção em especial um fato: o recado direto para o integrante da imprensa Jorge Nicola, que compõe a equipe da ESPN Brasil.
Foto: Renato Borges / RB Photografia
Transcrevendo as palavras do treinador: “Quero mandar só um recado para o seu Jorge Nicola, ser bem direto. Hoje, eu não preciso ser oferecido para ninguém, tá? O Fábio tá sendo oferecido… Graças a Deus, com tudo o que aconteceu na minha carreira e com o trabalho que aconteceu na Arábia, de sete meses, que foi muito bom, está aberto o mercado para mim. Esse ano, já sentei com meu empresário seis, sete vezes para discutir, se vou ou não vou. Toda vez que chega, eu sento com meu empresário para discutir. A diretoria do Corinthians é a primeira a saber e já me posiciono. Não tem nada oficial, por isso não tenho o que pensar.”
A sinceridade é uma tônica das entrevistas dadas pelo treinador. Não se omite, fala sobre qualquer assunto e responde o que lhe é perguntado. Nesse caso específico, fez questão de apontar que aquilo que havia sido informado era mentira. Uma invenção.
Não é a primeira vez que nos deparamos com esse tipo de notícia veiculada por alguns integrantes da mídia tradicional. Informações desencontradas sem pé nem cabeça, carecendo de fontes e sem nenhuma comprovação. Criam um enorme alarde, geram instabilidade, colocam em xeque a reputação de profissionais sérios e não dá em nada.
Causa estupefação que vários órgãos da mídia não deram a menor relevância ao recado. Falaram sobre a coletiva, mas omitiram a parte que “não lhes interessava”. Parece que o corporativismo segue forte aqui na imprensa brasileira. Sentimento de “mexeu com um, mexeu com todos”. Mesmo que algum integrante da mídia cometa uma terrível barbaridade, poderá contar com a anuência de seus pares. Um silêncio ensurdecedor.
Se não bastasse, quando noticiado, foi tirado do contexto, dando outro sentido às palavras claras proferidas. Isso é manipulação. Não é só uma rede de proteção, caso alguém “ataque a categoria” sentirá todo poder destrutivo e devastador da mídia. Agora se pode mentir, inventar e disseminar boatos sem consequências. É alarmante.
Gritante a omissão dos fatos públicos e notórios. Terrível o silêncio em esclarecer os ocorridos e restabelecer a verdade. Mas estarrecedor é atentar contra a honra de um cidadão. Depois que Fábio Carille afrontou a imprensa assistimos a uma verdadeira campanha para disseminar uma falsa e injusta imagem de “arrogante” de um profissional sério. Um ultraje.
Estamos vivendo, sem nenhuma dúvida, o pior momento da história, no que se refere ao exercício de uma das mais importantes profissões. Esta que é um dos pilares garantidores da democracia. Penso que a imprensa tem compromisso com a informação e a verdade. Jornalismo não baseado em fatos é mero exercício de ficção.
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Ótimo texto Rafa! O jornalismo necessita refletir , se a gana de dar o “furo” jornalístico a qualquer custo não irá levá-los para caminho tenebroso, nomes consagrados como Mauro Naves está talvez pagando por isso, agora imagine esses pré-adolecentes do jornalismo que acreditam que esse tipo de postura é o único caminho.
Belo texto. Precisamos acabar com essa midia tendenciosa.
Acho esse papo bem furado se não fosse a imprensa como vc acompanharia notícias do seu time , graças a imprensa o grande dualib teve suas falcatruas descobertas
Jornalismo esportivo,na minha humilde opinião,nao deveria ser sinônimo de mau caratismo,distorçoes e fofocas!ta puxado…
Acho esse papo nos contra a imprensa um saco , sem querer defender ninguém mas o jornalista disse que o Carille foi oferecido por um empresário muito ligado ao futebol árabe , em nenhum momento ele falou que o Carille se ofereceu , falta interpretação de texto ao Carille, e de vez de se preocupar com a imprensa tem que se preocupar com o te e parar de desculpas que não conseguiu treinar pq não tinha Messi e Cristiano Ronaldo ops confundi Everaldo e Clayson. Qual será a próxima desculpa do nosso prof ??