Um dos maiores de sua posição no futebol mundial na década de 90, teve breve passagem pelo Timão, marcando sete gols
Gaúcho de Bagé, Branco iniciou sua carreira profissional em 1981 no Internacional de Porto Alegre. Daí em diante o mundo conheceu um jogador brilhante, com muito vigor físico e um potente chute. Após a saída do Inter e boa passagem pelo Fluminense vai para o futebol italiano em 1986 e de lá para a Copa do mundo do mesmo ano como titular absoluto do time de Telê Santana.
Em 1989 chega a Portugal para defender as cores do Porto onde conquista o título português da temporada 89-90. Volta a Itália em 1991 e de lá, enfim, no ano de 1993, retorna ao futebol brasileiro para defender Grêmio e posteriormente o Fluminense. Como jogador do clube carioca é convocado para sua terceira Copa do mundo no ano de 1994 onde teve papel fundamental para a conquista do tetracampeonato mundial da Seleção brasileira.
E é exatamente após essa conquista gigantesca que Corinthians e Branco se encontram. Carente de um lateral-esquerdo indiscutível desde a saída do ídolo Wladimir, Branco chega ao Parque São Jorge com todas as pompas que um grande astro merece.
Foi a principal contratação para a disputa do campeonato brasileiro daquele ano. Logo na sua estreia pelo Timão, ele marca no empate por 1×1 contra o Sport no Morumbi. Prenúncio de um casamento duradouro? Não foi bem assim.
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O time faz uma campanha irregular mas chega as quartas de final do certame, onde passa pelo Bragantino e encontra o Atlético-MG nas semifinais. No primeiro jogo, derrota por 3×2, onde Branco marcou nosso primeiro gol. Na segunda partida, com o Timão precisando vencer, Branco acerta uma bomba rasteira de fora da área, após bola rolada com açúcar por Marcelinho Carioca. O Corinthians estava na final contra o seu maior rival.
E o que poderia ser a cereja no bolo de uma festa de casamento duradouro, se transformou em uma decepção para a Fiel torcida. No primeiro jogo da final, o outrora herói Branco se tornou o vilão da vez ao dar condições a Rivaldo quando toda defesa saiu no primeiro gol do adversário, ainda no primeiro tempo, e principalmente quando perdeu uma bola de maneira bisonha para o mesmo Rivaldo propiciando o segundo gol do alviverde, já no segundo tempo. A derrota por 3 a 1 não foi bem digerida pela Fiel que a colocou na conta de Branco.
Para piorar sua situação, na segunda partida, com o Corinthians precisando vencer por diferença igual ou superior a três gols, quando vencia por 1 a 0, a situação se complicou de vez quando Branco foi expulso de campo no segundo tempo. Com Luisinho também expulso em seguida, logo o rival empatou e matou qualquer chance de reação corinthiana. Acabava ali, após 23 jogos e 7 gols, a trajetória desse grande jogador com a nossa camisa.
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Partiu no começo do ano seguinte novamente para o futebol do Rio de janeiro, dessa vez para defender o Flamengo. Encerrou sua gloriosa carreira de jogador de futebol profissional em 1998 pelo Fluminense.
Branco atuou em 23 partidas e marcou sete gols com a camisa do Corinthians em 1994.
Em entrevista recente, disse: “Queria muito ter sido campeão pelo Corinthians, que foi um clube que me acolheu muito bem e era bem estruturado”.
Por Marcelino Rocha/Redação da Central do Timão
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