Em tempos difíceis, nunca antes visto em nossa geração, a saudade do nosso Timão já começa a gerar uma tal de “abstinência corinthiana”.
Alguns, como eu, para amenizá-la apela para vídeos de jogos históricos, conquistas antigas, inclusive utilizando-se de antigos DVD’s (hehehe). Outros buscam documentários que contam um pouco de nossa rica história, de nossos craques e seus feitos heroicos. Os adeptos da boa leitura vasculham em suas bibliotecas o vasto acervo de histórias reais ou fictícias que demonstram o ser Corinthians. Há também quem prefira um bom filme, e assiste desde o grande Mazaropi e seu “O corinthiano” até a excelente comédia “O casamento de Romeu e Julieta” que mostra o conturbado amor entre um corinthiano e uma palmeirense e suas fanáticas famílias (“A senhora não sabe o que é um Palmeiras x Corinthians” – Lima Duarte em “Boleiros”).
E que tal tentar ganhar a Libertadores no PlayStation-tion, no PlayStation? Enfim, esse nosso Corinthians que já foi tema de novelas, de desfiles de escolas de samba, de diversas músicas e principalmente de rodas de botequim, chegou ao mundo dos chamados “reality shows”, não apenas por participação de ex-jogadores em edições anteriores em diversos formatos, mas a presença de um torcedor que fez o que todos nós fazemos todos os dias, exaltar o Sport Club Corinthians Paulista trouxe de volta o corinthianismo reprimido, enquanto não podemos ver nossa paixão em campo, mesmo que seja para passarmos raiva com o péssimo futebol apresentado ultimamente.
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E as discussões não eram mais sobre que esquema o Tiago Nunes poderá usar para o Luan jogar melhor, ou se Love e Boselli juntos é uma boa. Será que o treinador fica ou sai? Nada disso, o tema principal das rodas virtuais de corinthianos, e até de rivais, era quem iria para o paredão com o cara, quantos votos teria, o que fazer para que ele continuasse no programa.
Por um momento esqueceram que a vida dura e real é aqui, inclusive ele voltou a descobrir isso, quando soube, após o isolamento que fomos mais uma vez eliminados pelo Guaraní do Paraguai e que nossa situação no Paulistão é desesperadora.
É… O sentimento do Fiel é inexplicável. É saudade e paixão, é amor e ódio, é aceitação e provação, é rir e chorar. Só quem é, sabe definir, inclusive em uma época de extrema abstinência.
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Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa.
Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 32 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. Apenas mais um louco entre esses 30 milhões. Twitter e Instagram @marceparocha
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