Milhares de influenciadores, ex-jogadores, jornalistas já disseram esta frase. Uma hora ou outra, as pessoas vão se rendendo. O time do povo vai sempre provar pros insistentes que este clube é único no país, mesmo sem fazer questão de precisar provar alguma coisa.
Leitores da Central do Timão, quero convidar vocês a minha série aqui no meu blog sobre toda a história do Corinthians, década por década. Tratarei aqui de assuntos que ainda nem sei. Portanto, descobriremos mais a fundo a história do nosso clube do coração.
Vamos começar?
Desde sua criação, há 109 anos, oficializada por cinco operários (Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correa e Carlos Silva), após um dia antes terem sido pegos pela magia do futebol ao ver a turnê do time inglês Corinthian Football Club no Brasil, sua alma também teria sido proclamada pelo então escolhido presidente, o alfaiate Miguel Battaglia, que, já no primeiro momento, afirmou: “O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”. E assim se fez.
Borbulhos diante da burguesia perante o time do povo, onde tentaram de diversas formas prejudicar o Corinthians no extra-campo, o povo venceu: um ano depois de estrear no Campeonato Paulista, em 1914, a primeira conquista alvinegra veio, e tinha de ser invicto. O torcedor do time do povo poderia gritar pela primeira vez para todo mundo ouvir: O CORINTHIANS É CAMPEÃO! E QUE TÍTULO! Foram 10 vitórias em 10 jogos.
O preço no extra-campo pelo título foi caro: os times da Elite armaram para o Coringão, e boicotaram o Timão no Paulistão, que não jogou campeonatos oficiais em 1915. Em protesto, o Timão usou uma camisa preta, com listras brancas. O Timão havia criado a camisa alvinegra do clube. Você pode ter mais detalhes sobre o boicote ao Coringão clicando aqui “O PRIMEIRO TÍTULO, A PRIMEIRA CAMISA LISTRADA“
Em 1916, o Coringão ainda seria campeão, de volta a LPF, também com 100% de aproveitamento. Este campeonato que contou com mais clubes que nos anos anteriores, rendeu ao Timão o título com nove vitórias em nove jogos.
E no ano de 1917 olha só quem chegou finalmente a liga da APEA… O Timão disputaria finalmente, o cobiçado Paulistão das elites. Como a LPF deixou de existir, os clubes da antiga Liga Paulista migraram de vez para o campeonato da Associação Paulista de Esportes Athleticos. Foi instituído um campeonato equivalente à Segunda Divisão para ser disputado pela maior parte dos membros da extinta LPF. O Corinthians teve uma atuação tímida e terminou em quarto lugar, atrás de seus maiores rivais na época: O Paulistano, o Palestra Itália e o Santos.
O público do Corinthians ia crescendo a cada ano e a necessidade de mandar os jogos num local mais adequado foi crescendo junto. No fim de 1916, o Corinthians adquiriu o terreno onde hoje é a Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê. O estádio da Ponte Grande foi construído nos moldes de mutirão entre torcedores, dirigentes e até mesmo jogadores. Foi inaugurado no ano de 1918, com uma partida entre Corinthians x Palestra Itália (Sim, o Palmeiras). Foi ainda oferecida pela ACEESP uma taça para ser disputada. A partida que aconteceu no dia 17 de março terminou empatada em 3×3. Portanto, uma semana depois, seria disputado um segundo jogo, também na Ponte Grande, com vitória dos Palestrinos por 4×2. O Corinthians ainda usaria esse estádio até o fim de 1927, quando foi feita a compra do terreno do Parque São Jorge.
Em 1919, inspirado no Torneio Início Carioca, foi feito o Torneio Início Paulista, também. Tratava-se de um campeonato realizado num único dia tendo como participantes os principais times do Estado. As partidas duravam 20 minutos (10 por tempo) e somente a final durava 60 (30 por tempo). O curioso desse torneio era o critério de desempate: o número de escanteios. Eu sei! Bizarro! O Coringão foi campeão da primeira edição em cima do Minas Gerais-SP, e repetiria o feito por mais dois anos seguintes, contra o extinto Internacional-SP no bicampeonato e novamente contra o Minas no tri, pelo placar elástico de 7×0.
A década do Corinthians se encerraria perdendo o título do Paulistão para o Paulistano. O campeonato que era disputado no formato de pontos corridos, teve o título caindo entre os dedos do Coringão, pois na última rodada, o Timão precisava vencer o Palestra Itália e assim terminar o campeonato em 41 pontos. Contudo, perdeu para o rival, resultado este que sagrou o Paulistano o campeão daquele ano.
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Cada semana um aprendizado diferente!
Parabéns, meu caro!!