Futebol reativo, que dá a bola para o adversário, que marca forte, que ocupa espaços, futebol de solidez. Casinha fechada, times quase sempre menos vazados, tradição de melhor defesa e títulos, títulos, títulos e mais títulos.
Assim é o Corinthians contemporâneo, ou pelo menos era até ontem.
Agora não serve mais.
“Precisamos de mudanças, de um time que jogue pra frente”, esbravejam os mais exaltados. Mas, estamos preparados?
Um grande exemplo de continuidade de trabalho vem do Barcelona, que nos últimos anos mantem uma mesma filosofia de jogo e já trabalha com ela desde a base. Mesmo esquema profissional é ensinado para a garotada. “Ah, mas o Barcelona é lindo de ver!”. Claro que é, eles compram quem querem comprar. Mesmo assim, mesmo com essa bagagem financeira, o time catalão levou mais de 20 anos para se tornar a referência que é hoje.
Sim, mas vamos voltar aqui para a nossa realidade. Realidade do futebol feio, reativo mas vencedor. É amigo, isso mesmo, “vencedor”!
Essa filosofia de continuidade que começou com Mano, passou por Tite e findou em Fábio Carille nos trouxe títulos que não tínhamos em mais de 100 anos de existência. Foram 5 Paulistões, 3 Brasileiros, 1 Copa do Brasil, uma Libertadores invicto, um Mundial de Clubes da FIFA, além de uma Recopa Sulamericana. Ufa!… cansei.
Agora, já que nada mais presta, era apenas “retranca sem padrão de jogo”, vamos sonhar que alguém chegue e mude tudo, e que com isso o Corinthians comece a dar espetáculos em campo.
Só que, mudar dá trabalho. E no futebol, esse trabalho requer tempo. Nós temos tempo? Ou melhor, nós daremos tempo?
Ele (o tempo), e só ele poderá nos dizer.
Abraços e Vai Corinthians!
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