A partir do rebaixamento, o Corinthians conquistou tudo, mas também teve seus altos e baixos com desmanches e reformulações em meio a crises financeiras.
Desde 2008 é assim, monta-se elenco com pacotão de reforços a baixo custo, alguns vingam, a maioria não, e no ano seguinte se fazem contratações pontuais em busca de títulos.
2008, 2010, 2014 e 2016 foram anos de contratações em atacado, seguidos por títulos importantes nos anos posteriores.
Entre 2008 e 2013, conseguimos manter os principais jogadores, conquistando os títulos mais importantes em 2012.
2009, 2011, 2012, 2013 e 2017 foram anos de contratações pontuais.
Nesses mais de 10 anos, outro fato importante foi a manutenção dos treinadores que fizeram sucesso aqui, cada um com duas passagens pelo clube.
Sem diminuir o mérito do maior treinador de nossa história, Tite pegou elencos prontos final de 2010 e em 2015.
No ano de 2016, após desmanche de 2015, quando era obrigatório reformular, não obteve o mesmo êxito. Foi muito criticado em 2016, e junto com ele no meio do ano, alguns dos poucos remanescentes de 2015 (Felipe, Elias e Bruno Henrique) saíram na janela do meio do ano.
2014
Mas nessa última década, um ano sem o devido valor foi o de 2014, no qual Mano Menezes veio com uma missão: reformular um elenco vencedor que construiu no passado e, que, na mão do Adenor conquistou muitos títulos.
Objetivo era simples, enquanto reformulava sem grandes investimentos, precisava classificar a equipe para a Libertadores.
O ano de 2014 termina sem títulos, campeão do segundo turno do Brasileirão, classificado para Libertadores e com uma base montada para em 2015 fazer contratações pontuais.
2015
O time de 2015 sofreu a baixa de Anderson Martins substituído pelo novo contratado Edu Dracena, mas onde Felipe, que era remanescente de 2012, assumiu a titularidade.
Lodeiro também sai no começo do ano, assumiria a posição de Petros que sairia meses depois, quando já era reserva do Jadson.
No meio do ano também sairiam Fábio Santos em função de que já tínhamos Uendel, e Guerrero que acaba sendo substituído por Love que chegará em 2015, após breve passagem de Luciano no time titular.
Mas a principal mudança no time titular de 2014 para 2015, foi a troca Petros por Jadson. A base de 2014 era a mesma de Mano, com muitos jogadores trazidos e já testados por ele.
Mesmo sendo eliminado em outras competições, Corinthians é Campeão Brasileiro em 2015, jogando um futebol considerado um dos mais bonitos das ultimas décadas.
Isso tudo vindo de um treinador que até sua última passagem pelo clube, era considerado por muitos, retranqueiro e paneleiro apesar de todos os títulos conquistados.
2019
E assim como em 2013, 2018 foi um ano com semestres bem distintos. No primeiro semestre títulos e bom futebol, no segundo desmanches e campanhas deploráveis.
Foi necessário reformular em 2019 e Carille vem com esse objetivo. Mesmo sem grandes investimentos, trouxemos muitos reforços, alguns até já foram emprestados ou saíram, e algumas posições ainda sem reposições. Corinthians em 2019, até pelo baixo investimento, não tem nenhum jogador decisivo como em outros anos de grandes campanhas.
De 2018 para 2019 foram pelo menos 6 mudanças no time titular: Gil, Manoel, Urso (Ramiro), Pedrinho, Vital (Sornoza) e Love (Boselli).
Mesmo em meio a essa reformulação no elenco, entramos para brigar por todos os torneios que disputamos. Conquistamos o Campeonato Paulista aos trancos e barrancos, fomos eliminados pelo Flamengo na Copa do Brasil, saindo na semi-final da Sul-Americana, e estamos disputando G-4 no Brasileirão.
Não vejo tantos deméritos assim no ano de 2019, e acredito que os objetivos do ano corinthiano estão sendo alcançados: Título Paulista, reformulação e vaga na libertadores.
Não creio que outro treinador faria melhor. Afinal, nem Mano e Tite fizeram.
BALANÇO PARA 2020
Para 2020 com pelo menos três bons reforços pontuais, podemos ter um time forte, podendo até brigar por Libertadores.
Balanço para troca de treinador, como o tempo já nos ensinou, fica para fim do ano.
As perguntas que a diretoria precisa se fazer são:
1 – O que entregamos para o treinador trabalhar em 2019 e o que ele entregou de resultado?
2 – O que queremos para 2020 e o que ele pode entregar?
3- Quais os nomes no mercado que podem entregar mais? Se existir esse nome no mercado, é entender se ele é aposta ou realidade.
E para você, Fiel, fica a pergunta: o elenco de 2019 é melhor do que o de 2014?
2014 – Cássio. Fagner, Gil, Anderson Martins, Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros (Renato Augusto, Jadson); Romarinho (Romero, Malcom), Danilo (Luciano) e Guerrero.
2019 – Cássio; Fágner, Gil, Manoel, Avelar; Ralf (Gabriel), Urso (Ramiro), Sornoza (Vital), Clayson, Pedrinho e Love (Boselli, Gustagol).
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Excelente reflexão. Tenho o mesmo tipo de pensamento. Só espero q não saiam tantos jogadores importantes na próxima janela para q possamos vir fortes.