Segundo informou essa semana o Análise Fiel (no Twitter), o Corinthians tinha o interesse repatriar Jô, campeão e artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2017 pelo Timão. Esse interesse, segundo o Vessoni, evoluiu para conversas e esquentou com base na informação de que o atacante e seu atual treinador não se dão muito bem.
Torcida se anima. Afinal de contas, é o Jô, cria da base, o 7 do hepta. O Rei dos clássicos, de gols importantíssimos e mais um daquele elenco passou metade do campeonato sem saber o que era ser derrotada. Mas o Corinthians precisa do Jô? Será que o Corinthians sabe do que precisa?
Precisava de um lateral esquerdo, quis o Sidcley, que por sua vez é reserva de Lucas Piton que já era jogador do clube. Avelar virou zagueiro, Marllon se foi, mas agora o Corinthians está interessado em outro zagueiro ainda não revelado, mesmo não utilizando tanto o Bruno Mendez, presente no atual elenco. Para ponta veio Everaldo, contratado da vitrine favorita, se machucou, pouco mostrou e já parece meio escanteado. Chegou Yony González para enfim resolver o problema da ponta. Aliás, chegou?
E agora sem ter contratado o lateral esquerdo para jogar e sem os pontas, que eram necessidades e sem pensar em quem irá substituir o Pedrinho, o Corinthians quer trazer o Jô de volta para casa. Sem ver que centroavante algum terá êxito se o setor criativo não funcionar e der condições. O Corinthians quer, mas prevendo uma necessidade futura, ignorando necessidades presentes.
Que fique claro, a volta de Jô anima, o que esmorece mesmo é não saber ao certo por quanto ele se foi lá trás. Esmorece ainda mais não saber e nem entender como o Corinthians define suas prioridades ou o que leva a diretoria crer em certas necessidades. É tudo muito nebuloso em tempos nos quais o Cifut não opina e não tem voz para indicar ou não indicar jogadores. A necessidade do Corinthians é e continuará sendo um bom planejamento. Não falta dinheiro, falta saber gastá-lo.
Bruno Cassiano é escritor desde quando aprendeu a escrever e jornalista desde 2016. É Paulista, morador periférico, casado com a Narizinho e pai da Marina. Corinthiano, maloqueiro e sofredor desde 1994.
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