- Por Victor Franqueira / Redação da Central do Timão
Na manhã deste domingo, 10 de outubro, o Corinthians recebeu o São Paulo na Neo Química Arena, pelo segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista Feminino. Mesmo com uma atuação abaixo do esperado, o Timão empatou em 1 x 1 com as rivais, com gol de Millene, e avançou para a final.
Na coletiva de imprensa após o apito final, o técnico Lucas Piccinato falou sobre os detalhes que levaram a classificação corinthiana para mais uma decisão na temporada. Ele destacou a preparação física da equipe, respondeu se sente menos pressionado no Alvinegro em comparação ao seu início de trabalho, comentou quando aos desfalques das Brabas e muito mais. Confira alguns trechos abaixo:
Preparação física do elenco
“A gente tem uma comissão técnica e um núcleo de saúde de desempenho e performance muito qualificado, com bons profissionais, profissionais que individualizam muito os trabalhos e as ideias. Cada jogadora tem a sua individualidade, desde o aspecto nutricional, psicológico, físico e todo esse trabalho dá muitos frutos. Então é uma equipe que consegue sustentar um nível de intensidade alta. Acho que o fator, as trocas, a qualidade do elenco que a gente tem também facilita bastante para que quando tem uma substituição entre um nível físico muito alto, junto com a parte tática e técnica também.”
União de toda a equipe
“Acho que é tudo fruto de um trabalho em conjunto, principalmente da comissão, junto com as atletas, que são as atrizes principais. Porque se as atletas não comprarem a ideia, as coisas não andam. Então, muito feliz que a gente tenha conseguido sustentar mais uma vez 90 minutos muito difíceis, muito duros. E agora é concentrar, trabalhar, recuperar para fazer mais uma final.”
A pressão diminuiu?
“Acho que a pressão, o que eu digo, é que o torcedor tem uma expectativa muito alta. Não que eu venha a trabalhar todo dia pressionado, muito pelo contrário, eu trabalho com muita tranquilidade. Eu sei da capacidade que a minha comissão técnica tem, que esse grupo tem, então não me sinto pressionado diariamente. Eu acho que o torcedor pressiona e tem um nível de expectativa muito alto, que eu acho que independente de a gente ganhar 16 títulos em sequência, ele vai continuar sendo muito alto por tudo que envolve o trabalho anterior.”
Sua visão sobre a versão anterior das Brabas comandadas por Arthur Elias
“O trabalho anterior tem uma questão até de magia do time jogar, com uma qualidade técnica acima da média, envolver o adversário, que realmente existiu por um período de tempo, principalmente 2020 e 2021. Acho que era um time que jogava de uma forma até mágica de vez em quando. Eu não acho que essa realidade aconteceu em 2022 e 2023. Eu acho que o time de 2022 e 2023 do Corinthians foram equipes muito competitivas, muito aguerridas, que conquistou, mas que não dava esse espetáculo que o torcedor tem na cabeça lá atrás.”
Celebração por mais uma grande temporada do Corinthians
“Fico feliz de a gente até agora ter conseguido colocar o Corinthians na disputa de todos os títulos. Faltam duas partidas para a gente concretizar uma temporada e finalizar uma temporada com 100% de êxito naquilo que a gente tinha como objetivo. Isso já me deixa muito feliz, muito contente em relação à comparação. Eu não fico com isso na cabeça, não penso nisso. Eu acho que o que foi construído aqui foi gigantesco, foi enorme, algo que nunca vai se equiparar. E eu estou tentando construir a minha história, a minha realidade aqui dentro do Corinthians. E fico muito feliz que a gente tenha conseguido já numa primeira temporada, três títulos e mais uma final.”
Desfalques por conta de lesões
“A gente passou por isso durante a temporada inteira. O mata-mata do Brasileirão, por exemplo, a gente começou contra o Red Bull (Bragantino) tendo 12 desfalques. Na Libertadores, que é um campeonato que restringe muito o grupo, a gente foi com 20. Das 20, três pelo menos jogaram totalmente baleadas lá. Aqui é a mesma coisa, são reflexos de um calendário cheio, de um time que vai jogar 44 partidas, que é o máximo do ano, de todas as equipes do Brasil. Reflexo de um time que tem muitas atletas servindo na seleção brasileira, o que faz com que as atletas ainda subam mais isso.”
Jogadoras importantes de fora e elogios para a equipe
“A gente, óbvio, lamenta não poder contar com grandes jogadoras, né, Didi, Tamires, Yasmin, Yaya. Não vou falar todo mundo porque depois elas ficam bravas que eu esqueci de alguma delas. Mas uma quantidade muito grande de atletas que estavam fora. Mas esse time é um time que a jogadora que está no dia-a-dia, ela está pronta para entrar numa situação de decisão e jogar. Fico muito feliz pela partida que o grupo fez. É um jogo duro, um jogo difícil, mas a gente sai daqui muito feliz com a classificação.”
Utilização da base
“É um grupo que a gente pode trazer 23 para o banco e a gente hoje tinha, se eu não me engano, oito jogadoras que não podiam atuar. E acho que essas meninas que vêm fazendo uma temporada de remodelagem na categoria de base, a gente mudou muita coisa na nossa categoria de base. Nossa categoria de base hoje é uma equipe que é muito competitiva, tanto no Sub-20 quanto no Sub-17. Vejo grandes talentos lá e um grande trabalho sendo realizado pela Bia, pela Rila, pela Liz. E fico feliz de poder ter essas atletas com a gente. Acho que é importante para elas vivenciarem um espectro de um jogo de mata-mata na arena, com a pressão que é. E se a gente obviamente optar na final de trazê-las novamente, espero que elas possam vivenciar de novo.”
Projeção da final do Paulistão Feminino contra o Palmeiras
“O Palmeiras é uma grande equipe, o time que venceu a gente duas vezes na temporada, inclusive. Acho que a gente fez quatro jogos contra elas, são jogos, o Palmeiras é um time que oscila bastante em momentos de muita agressividade, e às vezes é um time que dá um pouco de espaço para as equipes jogarem, então ele tem essa questão de oscilar, alturas no campo, muito concentrado naquilo que faz, para tentar explorar os contra-ataques, as jogadoras de velocidade. Tenho certeza que vai ser uma grande final, a Camila é uma treinadora espetacular, vem construindo uma grande trajetória dentro do Palmeiras, uma estrategista, uma treinadora que com certeza vai estudar muito o que o São Paulo fez aqui para tentar talvez replicar e tirar a gente da zona de conforto.”
Decidir a final fora de casa pode influenciar no desempenho das Brabas?
“É uma situação que é pouco rotineira aqui. Acho que uma vez só, teve um Corinthians e Palmeiras em 2021 ou 2022, não me engano, que o Palmeiras decidiu como mandante. Acho que independente de onde for o jogo, a gente tem que estar concentrado para fazer o nosso trabalho numa grande partida, tirar o Palmeiras da zona de conforto delas, que é um jogo mais de transição.”
Críticas para a arbitragem
“Fico chateado de ter sido expulso, perdi a cabeça, é um momento de muito estresse. A arbitragem, na minha opinião, nas quatro partidas das semifinais, foram arbitragens muito ruins. Incomoda a Federação Paulista deixar num momento tão importante, arbitragens tão ruins. São erros ou inversões que vão incomodando, a prepotência da arbitragem vai incomodando, porque tem pouco diálogo. E aí chega num momento que a gente acaba estourando, lamento ter estourado, mas ao mesmo tempo, o jogo é muito emocional, o jogo é vivido, faz parte.”
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