Presidente da Fenapaf afirma que os jogadores não se sentem seguros para retornar os campeonatos e pede garantias
O presidente da Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf), Felipe Augusto Leite, concedeu entrevista ao LANCE! nesta quinta-feira (30) e revelou que participou ontem, quarta-feira (29), de uma videoconferência com a CBF colocando suas preocupações com os 18 mil jogadores de futebol do país.
Felipe Augusto disse estar esperando o envio do protocolo do Ministério da Saúde e também da entidade para saber se os atletas encontrarão um cenário de segurança para retornar aos treinos agora em maio.
“Por mais que os jogadores tenham vontade de retornar ao trabalho, muitos deles são jovens, pais de família e se sentem inseguros diante do que vem acontecendo neste pandemia. Eles têm medo de sair para trabalhar e acontecer de levarem o vírus para a casa, contaminando a esposa, os filhos…”, afirmou.
O governo federal quer a volta do futebol, mesmo com portões fechados. A CBF indicou a data: em 17 de maio. Em videoconferência realizada nesta terça-feira (28) com as federações, a entidade deu o aval para que os clubes encerrem as férias coletivas nesta quinta-feira (30) e retornem aos treinamentos na sexta-feira (01).
Mas, não basta querer, é preciso que as autoridades da saúde dêem o aval e os governadores dos Estados decidam flexibilizar. O presidente da Fenapaf afirma que os atletas são categóricos sobre o retorno dos estaduais.
“A posição dos atletas será acatar o que diz a medicina e também ir de acordo com cada autoridade. Não importa que a volta às competições aconteça em junho, julho, desde que deem prioridade à saúde e à integridade deles…”
“Há atletas que ainda estão sem saber com clareza como acontecerá este retorno. Se é com grupo reduzido, treino em dois períodos…“
“Nós vivemos uma realidade no Rio e em São Paulo que difere bastante de outros estados. Estádios como o Maracanã, Morumbi, têm jogos com estrutura e várias ambulâncias, enquanto em outras regiões vêm acontecendo partidas até mesmo com ambulância sem desfibrilador. Que segurança eles vão ter para trabalhar? Precisamos de garantias de segurança em relação ao novo coronavírus para todos. Eles estão prezando pela vida – salientou.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (30), 85.380 pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus em todo o país, sendo que 5.901 pessoas já perderam a vida.
Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
