Para Raul Corrêa da Silva, a Arena Corinthians precisa ter “vida diária”
A gestão do Corinthians há alguns anos era considerada um exemplo para muitos clubes. Um dos responsáveis era o diretor financeiro Raul Côrrea da Silva. Atual presidente da BDO, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do planeta, foi indicado ao IAB Award 2016. Único indicado, de toda América Latina, a um dos prêmios internacionais mais importantes no setor de contabilidade no mundo.
Raul Corrêa foi membro da diretoria do Timão desde o rebaixamento, participou também do período vitorioso do clube. No último sábado (20), o ex-diretor foi entrevistado no Canal do Nicola em live no YouTube. Entre os temas abordados, a Arena do Corinthians foi bastante questionado por quem comentava ao vivo. Sobre a Casa da Fiel, ele falou que a dívida não pertence ao CNPJ do clube.
“A dívida da Arena não faz parte do Corinthians, ela é do Fundo Arena. Então quando se fala do endividamento do Clube, a Arena não faz parte. A Arena ela tinha um valor de R$ 820 milhões, dos quais R$ 400 milhões vindo de empréstimo da Caixa Econômica e os outros R$ 420 milhões seriam de empréstimos do CIDs da Prefeitura de São Paulo, por conta do desenvolvimento da região, algo que nunca foi reconhecido pelo desenvolvimento feito na região”, relatou o ex-dirigente.
Para o ex-diretor financeiro, a Arena Corinthians não vem sendo usada da forma correta.
“Arena não é problema, ela é solução. Nós vamos pagar a Arena. O problema que a Arena vem sendo muito subutilizada, ela precisa ter vida diária, por exemplo colocar uma Feira de Negócios lá dentro, que a Zona Leste não tem espaço para isso. Dessa forma, coloca para funcionar o estacionamento, os refeitórios, tendo receita de aluguel, realizando festa de casamento, colocando uma universidade lá dentro. Então, esse tipo de coisa o que precisa é… não que isso não venha acontecendo, mas você precisa almoçar e jantar com gente que tem experiência efetiva em condução de Arena, mas ela será paga”, enfatizou Raul Corrêa.
Sobre a dívida da Arena, Raul Corrêa falou que os dois tipos de dívidas são diferentes as formas para pagar.
“Estamos devendo uma parte dos R$ 400 milhões e essa parte dos debêntures, que ela deve circular entre 130 a 150 milhões reais, mas são dívidas distintas com forma de pagamentos distintas também”, comentou Raul Corrêa.
“A engenharia financeira para a Arena era muito bem montada. Tinha a parte dos CIDs da Prefeitura e a outra parte dos R$ 400 milhões que se imaginava vir com o Naming Rights, que daria esse tipo de suporte. Mudou um pouco isso, quando passou a ser palco para a Copa do Mundo”.
“Para fazer a abertura, quem conhece bem a Arena sabe que são dois setores, tem a parte Leste e a parte Oeste. A ideia original do estádio, era muito simples. Era praticamente o lado Oeste com toda infraestrutura, de parte elétrica, telefonia e tecnologia. E a Leste seria tão simples quanto os setores Norte e Sul. Na hora da abertura de Copa do Mundo, é preciso colocar a mesma estrutura da Oeste na Leste. Se o Papa ou presidente dos Estados Unidos viesse para abertura, você precisaria entrar com determinado veículo que exigia uma abertura maior do estacionamentos, teve uma série de mudanças que acabaram gerando o tal do overlay, aí apareceram os dutos, essa parte toda. Então daí teve a primeira modificação dentro dos valores. Quando tinha os valores iniciais, estava tranquilo, aí já entram mais esses R$ 350 milhões e ficou um pouco mais difícil, vai demorar mais um pouco, mas vai pagar”, concluiu Raul Corrêa.
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Por Wellington Santos / Redação da Central do Timão
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O maior problema é a própria torcida, que influenciada pela imprensa anti e pelos torcedores rivais, entram na onda e ficam contra seu maior e estratégico ativo. Falta uma campanha de esclarecimento sobre a situação da Arena e do clube. A falta de transparência no clube é um verdadeiro absurdo!