Apesar do bom momento dentro de campo, o Corinthians segue com os bastidores políticos movimentados. Na tarde desta quinta-feira, 21, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Jr, convocou os conselheiros para a votação de um possível impeachment do presidente Augusto Melo, que assumiu o cargo em janeiro deste ano.
A votação foi marcada para o dia 28 de novembro, próxima quarta-feira, no Parque São Jorge com a primeira chamada às 18h (horário de Brasília) e a segunda às 19h. Caso tenha a destituição aprovada no Conselho Deliberativo, Augusto será afastado de maneira imediata até a realização de um novo pleito na Assembleia Geral de Sócios que, de acordo com a Gazeta Esportiva, deverá ser realizada somente em 2025, porém sem data definida. Enquanto isso, Osmar Stábile, primeiro vice-presidente, assume o cargo de maneira provisória.
Em outro cenário, se o impeachment não for aprovado pelos conselheiros, Augusto Melo continuará como presidente do Corinthians, mas ainda poderá enfrentar novos processos de destituição no futuro. Em 2024, sua gestão esteve marcada por polêmicas, como o contrato de patrocínio com a VaideBet, que segue sob investigação policial, e a contratação de empresas irregulares para prestar serviços ao clube.
Confira na íntegra a nota enviada por Romeu Tuma Jr. à imprensa:
“Em conformidade com o Estatuto do Sport Club Corinthians Paulista, compete a mim como Presidente do Conselho Deliberativo, sem qualquer outra alternativa cabível, a convocação de Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo, a fim de que seja votado o pedido de destituição do Presidente da Diretoria Executiva encaminhado por mais de 80 Conselheiros e acolhido e processado pela Comissão de Ética e Disciplina do colegiado, tudo como mandam as leis em vigor.
Ainda nesse período em que se buscou o entendimento destes temas, listaram-se diligências policiais estaduais e federais de teor gravíssimo, que ganharam notoriedade em diversos veículos da imprensa e demandaram maior grau de preocupação de nossa parte, não sendo possível ignorar a urgência dos fatos, conforme precedente observado em situações anteriores.
Os fatos nos demandam, como poder de fiscalização do Clube, que atuemos com ciência das consequências previstas no artigo 24 da Lei do Profut, em seus três primeiros parágrafos, além do nosso Estatuto e da LGE, as quais não nos permitem não encaminhar o pedido às considerações dos órgãos competentes do Clube, sob o risco de sermos implicados por negligência ou conivência.
Lembro que tão logo recebi o parecer da Comissão de Ética para julgamento do processo, manifestei-me publicamente que não tocaríamos nesse assunto, até que o time pudesse se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o que de fato ocorreu. Da mesma maneira foi feito em relação a diversos procedimentos investigatórios que o Conselho tem conduzido sempre em sigilo, preservando a instituição.
Por isso, pela tranquilidade da gestão e por obrigação estatuária e legal, é nosso dever decidir de uma vez por todas essa questão posta de forma regular e regimental.
O Corinthians merece paz!
Atenciosamente,
Romeu Tuma Junior
Presidente do Conselho Deliberativo do SCCP”
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