- Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão
Na última quinta-feira, 14, o novo presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, concedeu entrevista ao canal no YouTube Alambrado Alvinegro, onde falou sobre diversos assuntos. Entre eles, sobre o fim da gratuidade em ingressos para conselheiros do clube e o debate sobre o direito de voto ao associado do Fiel Torcedor.
“Além da mensalidade, (o conselheiro) agora paga o ingresso também. Até então tinha ingresso gratuito. Isso acabou. Conversamos com o presidente Augusto e os conselheiros também pagam o ingresso agora, para dar o exemplo”, revelou Tuma.
Ele continuou: “Paga um valor menor, até porque eles exercem uma função benéfica ao clube. Faz parte do Conselho você exercer uma série de atribuições que não são fáceis, são cansativas, são desgastantes, mas é o papel. Aquele que quer ser conselheiro tem que representar os sócios, acima de tudo. Tem que representar os sócios”, afirmou.
Tuma Jr. também fez uma série de considerações sobre o debate em torno do direito de voto ao associado do Fiel Torcedor. “Não é utopia. É um debate que está mais na mídia do que internamente, e nós queremos levar lá pra dentro. Nós estamos nomeando uma comissão de reforma estatutária e esse assunto fatalmente vai ser debatido. Se ele vai ser aprovado, é uma deliberação do Conselho, ratificada ou não pela Assembleia Geral de sócios”, ponderou.
O presidente do Conselho Deliberativo afirmou que existem várias alternativas para se implementar essa mudança no processo eleitoral corinthiano, que equilibrem as vontades do torcedor e do associado do Corinthians. Disse, também, que o debate tem sido feito de forma pouco transparente, criando certos temores entre os associados que frequentam o Parque São Jorge.
Tuma completou dizendo, por exemplo, que pensa que uma eventual categoria de “torcedor eleitor” não poderia ter direito a frequentar o clube social, por questões de limitação do espaço. Sugeriu, ainda, que tal categoria votasse apenas no presidente do Corinthians, e não no Conselho, para evitar a formação de um órgão “voltado só para o futebol”.
“(Seria) uma nova categoria de associado. Ele só votaria no presidente, teria que fazer uma contribuição pessoal, perto ou um pouco menor daquela que o sócio faz, e ele não teria o direito de frequentar o clube. Esse recurso seria voltado para benfeitorias no clube, excepcionalmente para outras coisas específicas.”
Tuma afirmou que tais recursos seriam importantes para o clube social, que segundo ele requer melhorias. Para ele, atualmente o associado do Corinthians “sofre” com problemas na utilização dos equipamentos, e com uma fonte nova de receitas isso poderia ser mudado. “Poderia melhorar, por exemplo, a Fazendinha, fazer virar uma nova Arena. Isso é muito importante também para o associado e para o clube”, disse.
O presidente lembrou ainda que vários clubes já colocam o seu torcedor para votar para presidente e declarou que considera um processo mais democrático. “Eu acho que é muito mais. Nós não podemos ficar com o Corinthians, uma nação que é, com três mil caras votando pra presidente do clube. É muito pouco. Absurdamente ridículo isso“, opinou.
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