Na última sexta-feira, um grupo de aproximadamente 40 membros de torcidas organizadas invadiu o CT do Corinthians durante o treinamento da manhã. A conversa dos torcedores com jogadores, diretoria e elenco não teve permissão de dirigentes e causou certa surpresa. E, neste sábado, o vice-presidente da Gaviões da Fiel, Danilo Oliveira, conhecido como Biu, explicou a ação das uniformizadas.
“Fez-se necessário ter uma medida mais incisiva para que eles possam entender que não estamos de brincadeira“, declarou Biu, em contato com a reportagem do UOL Esporte.
De acordo com Danilo Oliveira, não houve um pedido para o treinador Fernando Lázaro cobrar mais o elenco, e sim uma exigência geral de um comprometimento maior dos jogadores. O vice-presidente da Gaviões da Fiel garantiu que os torcedores organizados não fizeram um direcionamento particular para algum atleta ou membro da comissão técnica.
“Não é questão de (pedir para o técnico) cobrar mais os jogadores. A gente não está aqui para poder dar direção no método de trabalho do cara. Cada um tem uma forma de condução. A cobrança foi de uma forma geral, de comprometimento de todos“, disse.
“Inclusive, de todo mundo poder sair 10% de sua zona de conforto e se doar mais. Comprometimento, isso é sinônimo de raça, de vontade de honrar a camisa. Enfim, tudo que já é a mística corinthiana. E o Lázaro não está longe disso também, faz parte. Mas não teve nenhum direcionamento particular para cada pessoa“, concluiu Biu.
Entre as principais reivindicações dos torcedores organizados na invasão ao CT, houve um pedido pela exoneração imediata de Roberto de Andrade do cargo de diretor de futebol do Corinthians. Os uniformizados ainda colocaram faixas no centro de treinamento chamando o elenco alvinegro de “incompetente”.
Pouco depois da invasão, o Corinthians publicou uma nota oficial lamentando e repudiando a atitude dos torcedores organizados. O clube ainda disse que “todas as imagens de câmeras de segurança serão enviadas às autoridades policiais para que as devidas providências sejam tomadas”.
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