Peça fundamental para a construção do maior projeto do futebol feminino brasileiro, Arthur Elias participou do novo episódio do Flow Sport Club. No programa, o treinador contou um pouco da sua história de luta dentro da categoria, principalmente quando se trata do aspecto financeiro, onde disse que precisou de anos para ser remunerado.
“Nem eu e nem as meninas não tínhamos remuneração, eu fiquei sete anos sem remuneração no futebol feminino. Eu ganhava algo em alguns times universitários, vendia congelados também. Faço um kibe bom que eu vendia para restaurantes árabes. Com esse dinheiro, eu investia no meu projeto, na minha carreira”, revelou o treinador.
Confira a história de Arthur Elias até chegar o Corinthians:
Arthur Elias está no futebol feminino há aproximadamente 14 anos. O técnico começou a sua trajetória comandando times da Universidade de São Paulo (USP), onde em um projeto universitário conseguiu levar sua equipe feminina ao título da segunda divisão do Paulistão.
Após o sucesso com a equipe e o sonho em continuar no ramo, Arthur foi comandar o Nacional, porém a situação do time não era muito diferente do que vivido na USP. O Nacional não pagava os funcionários da sua categoria feminina. Após a experiência no pequeno clube, o treinador foi para o Centro Olímpico, onde sua carreira começou a evoluir.
Na equipe, o treinador relata que pôde usufruir de uma estrutura digna para o seu trabalho. O time recebia investimentos e com isso Arthur Elias trouxe desenvolvimento a curto e longo prazo para o Centro Olímpico. Segundo Arthur, coordenador das categorias de base do CO, o trabalho de base feito foi um dos melhores, senão o melhor feito na história recente do futebol feminino no Brasil.
Além da coordenação, o Reizinho Corinthiano foi técnico da equipe, onde conquistou o primeiro Brasileirão Feminino da CBF, em 2013. No título, ícones da história do Corinthians estavam presentes com o treinador, como Gabi Zanotti e Tamires. Além delas, Luana também estava presente no elenco campeão.
Em 2015, Arthur passou a comandar o Audax, e um ano depois, a parceira com o Corinthians foi efetivado. O treinador detalhou as negociações, em que houve uma reunião com a direção corinthiana para aquisição imediata, porém o dono do time vermelho e branco gostava da categoria e foi preferida a parceira, contraproposta aceita pelo Timão.
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