O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, rasgou elogios ao Corinthians após o empate por 2 x 2 no clássico da última quinta-feira, em Itaquera, válido pela nona rodada do Paulistão. O treinador alviverde enalteceu a qualidade dos jogadores alvinegros, exaltou as ideias táticas de Fernando Lázaro e destacou a dificuldade de jogar contra a Fiel, que “sempre puxa” o Timão dentro da Neo Química Arena.
“Na minha opinião, o Corinthians tem belíssimos jogadores, um treinador que, tal como eu como comecei, está à procura de fazer mais e melhor. Aquela troca que, muitas vezes, faz o Renato Augusto com o Róger Guedes e do lado direito, o Adson faz muito bem com o Yuri, um por dentro e outro por fora. As grandes ideias do Corinthians estavam lá. Temos que dar méritos ao adversário, que tentou e lutou. Foi um jogo equilibrado”, declarou Abel, em entrevista coletiva.
“Uma equipe muito forte em casa, jogando aqui, com esse estádio, com esse ambiente, é uma equipe muito forte. É uma torcida que puxa sempre pela sua equipe (…) Quando olho para a equipe do Corinthians, na minha opinião, tem um elenco tão qualificado como o nosso, um estádio e sua torcida como nós temos. Portanto, é um dos grandes do futebol brasileiro, assim como o Palmeiras”, disse Abel.
Abel Ferreira citou as constantes movimentações de Renato Augusto, Róger Guedes, Adson e Yuri Alberto, mas fez elogios particulares ao meio-campista, eleito o melhor jogador em campo no Derby. O técnico português destacou a qualidade e a liberdade de movimentação do camisa 8 no meio-campo do Corinthians.
“O Renato Augusto é um jogador que, a partir de determinado momento, anda por onde quer. Na direita, na esquerda, no meio… É um jogador livre, o joker (curinga). Isso tem coisas boas para a equipe dele e tem outras más, porque quando perde a bola, não está no sítio (lugar) em que tem que estar. Tem as duas. No segundo tempo, jogava onde a bola estava. Tem muita qualidade, isso é inegável.”
“Mas em momento em que tem que defender, dá espaços. É verdade que é um jogador diferenciado e não vamos conseguir anular o tempo todo, até porque não tínhamos uma marcação específica. Essa mobilidade do Guedes, do Renato, do Adson e do Yuri, desses quatro, que andam por onde querem, temos uma forma de marcar. Em 90 minutos, o adversário teve três, quatro (chances), e nós também. Estávamos preparados para a questão do Renato Augusto.”
O treinador do Palmeiras ainda rasgou elogios ao campo da Neo Química Arena. O sistema de drenagem do estádio alvinegro foi capaz de suportar a forte chuva que atingiu Itaquera na última quinta-feira e, embora tenha ficado um pouco pesado no segundo tempo com algumas poças de água, o gramado resistiu ao temporal.
“Já disse que é a grama que eu mais gosto, ou das que eu mais gosto de jogar. Eu gostava que os gramados fossem deste nível, ou (do nível) do Allianz Parque. Mesmo chovendo o que choveu, o gramado teve a capacidade de absorver a chuva toda e ainda deu para a gente jogar.”
“Quando tens um gramado com essas características, molhado, a bola flui muito mais rápido, embora no primeiro tempo a bola tenha parado um pouquinho (por causa das poças de água). Mas, rapidamente, o gramado teve a capacidade de absorver a água e deu para jogar o jogo inteiro“, encerrou Abel Ferreira.
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