Nesta terça-feira (17), o Corinthians enfrenta o Boca Juniors pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores. A partida é uma reedição da final da competição de 2012, a qual desperta fortes emoções para o zagueiro Chicão, que fez parte do elenco campeão daquele ano.
“Meu avô morreu quando eu estava chegando na Argentina, segunda-feira à noite. Recebi mais de 65 ligações me avisando e contei para poucas pessoas, como Tite, Edu Gaspar e o Alessandro. Não sabia se voltava ao Brasil e decidi ficar porque era o momento de dar esse presente para ele. Se voltasse, não conseguiria chegar a tempo para o velório e perderia o jogo. Fiz questão de estar no jogo para retribuir tudo o que ele fez por mim no começo de carreira“, comentou o ex-jogador à ESPN.
Chicão revelou que precisou se concentrar, tanto antes como durante o jogo, para conseguir aguentar emocionalmente e focar no duelo contra os argentinos para não pensar na perda de seu avô.
“Se você não está preparado emocionalmente, não joga. Dentro do jogo eu tentei o máximo possível esquecer tudo que tinha acontecido porque a responsabilidade era muito grande. Estava representando 35 milhões de torcedores, principalmente o meu avô. Eu tinha que jogar e sair com um resultado positivo.”
“Acho que foi uma história de superação. Poucos conseguiram fazer. Mas passei por tanta coisa lá atrás que pensei: ‘Mais uma que vou ter que superar e vou dar isso de presente para o meu avô’. Por causa dessa situação eu me fechei e coloquei um fone para ouvir música. Era um ritual para ficar concentrado para o jogo“, afirmou o ex-Corinthians.
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