- Por Tatiane Vidal / Redação da Central do Timão
Os ex-corinthianos Pedrinho e Maycon, além de outros jogadores brasileiros que estavam abrigados em um hotel em Kiev, na Ucrânia, conseguiram atravessar a fronteira e deixar o país com seus familiares.
Eles viajaram de trem da capital até a cidade de Chernivtsi, no oeste ucraniano. De lá, foram de ônibus até a Moldávia, onde se dividiram. Alguns ficaram no país e outros foram para Romênia, com um único objetivo: pegar voos de volta ao Brasil.
Mesmo com os riscos da viagem, os jogadores se viram em situação complicada no hotel com escassez de alimento, falhas na internet e medo constante. Sendo assim, resolveram abandonar o local onde estavam refugiados desde a invasão russa iniciada na última quinta-feira.
O Itamaraty colocou a estação de Kiev como ponto de partida para os brasileiros se deslocarem, e com a ajuda da Federação Ucraniana de Futebol e da UEFA, os atletas do Shakhtar e Dínamo viajaram com toda a segurança de escolta até a estação para cruzar a fronteira.
A esposa de Pedrinho, Layla Gabrielly Gomes, rebateu as acusações de que o grupo teria esquecido outros brasileiros no hotel no momento da saída de Kiev. O jogador de futsal Jonatan Bruno Santiago, de 30 anos, usou suas redes sociais para criticar os jogadores do Shakhtar Donetsk, que deixaram ele e mais um brasileiro no local.
“ Ficávamos sempre todos juntos, e o tempo inteiro vendo as possibilidades do que poderia ser feito. Tudo foi tão rápido que nem paramos para contar quantas pessoas tinham. Não tinha motivo nenhum para deixarmos ninguém para trás! Tinha espaço no trem, tinha vaga nos carros. Uma correria, crianças de colo, malas. Infelizmente, no tumulto e desespero de sairmos o quanto antes, não paramos para contar o número de pessoas. Nunca, jamais, iríamos deixar alguém para trás. Não tem motivo nenhum“, escreveu Layla.
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