Fagner fala sobre escolha do treinador e defende mais paciência para treinadores brasileiros

  • Por Tatiane Vidal / Redação da Central do Timão

Na tarde desta quarta-feira (09), às vésperas do confronto entre Corinthians e Mirassol, que ocorrerá nesta quinta-feira (10), às 21h30, na Neo Química Arena, Fagner concedeu entrevista coletiva e comentou sobre diversos assuntos relacionados ao Corinthians.

Entre os temas, o lateral-direito afirmou que independente de quem seja o novo comandante alvinegro, que ainda não foi definido pela comissão técnica, o elenco vai ajudar dentro de campo.

Ainda bem que eu não estou na pele da diretoria (risos). É uma decisão difícil, não tem como falar que preferimos estilo A, B ou C. Acho que, independentemente do perfil que a diretoria escolher, todos os atletas vão receber de braços abertos para tentar as vitórias e tentar chegar o mais longe em todas as competições, que é nosso objetivo. Então, vamos deixar isso para a diretoria e vamos procurar ajudar dentro de campo, que acho que é o melhor“, disse Fagner

Foto: Divulgação

O lateral também foi questionado sobre a diferença dos treinadores brasileiros para os estrangeiros. Mesmo tendo trabalhado com estrangeiros quando atuou fora do país, Fagner preferiu não categoriza-los como melhores.

Difícil falar. Vai fazer nove anos que eu passei pela Alemanha. Algumas coisas são diferentes, e ao mesmo tempo a gente tem que olhar o futebol de outra maneira. Óbvio que se você contrata um treinador estrangeiro hoje, você tem que dar mais tempo para ele conhecer o país, a cultura, o futebol, assim como é com atleta quando ele chega em um determinado país. A gente sabe que muita vezes, com treinador brasileiro, a gente não tem esse tempo e essa paciência para trabalhar. Até mesmo treinador está fazendo um bom trabalho, tem bons números, e é criticado. Um exemplo é o Tite, que tem números excelentes na Seleção Brasileira e as pessoas falam que ele tem que sair para entrar outro treinador. Então, eu acho que temos que valorizar o que temos dentro do nosso país. Muitas vezes a gente valoriza muito o que está fora e não valoriza o que está dentro. Óbvio, se um treinador vier, ele vai agregar de muitas maneiras, seja estrangeiro ou de dentro do país. A gente tem que ver o dia a dia, não adianta eu falar que ele vai agregar mais que o A, B ou C, se a gente não tiver noção real do dia a dia“, explicou Fagner.

Não diria que pararam no tempo, mas treinador brasileiro trabalha na cabeça que, se não vencer dois jogos, pode estar saindo. Então, muitas vezes, ele não tem esse tempo para trabalhar aquilo que ele realmente gostaria. Se ele perder três jogos por 3×0, é mandado embora. A gente sabe que a cultura do futebol brasileiro é assim. Muitas vezes ele prefere jogar para ganhar de 1×0 e ir ajustando aos poucos com uma vitória do que tomando porrada. A gente sabe que o futebol é assim, vive de vitórias. Você perde dois jogos e é questionado, é cobrado. Quando vem um treinador de fora, você tem mais tempo, tem mais paciência, espera para ver o que vai acontecer daqui a três, quatro, cinco meses. Essa paciência a gente deveria dar também para um treinador brasileiro“, concluiu.

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