- Por Tatiane Vidal / Redação da Central do Timão
Um dos campeões da troféu Ramón de Carranza, um torneio amistoso de futebol que acontece na cidade de Cádis, na Espanha, em 1996, pelo Corinthians, o ex-atacante Alex Sandro Rossi, ou simplesmente Alex Rossi, falou a ESPN sobre a superação do vício em crack. O ponta-direita que iniciou a carreira no Grêmio e atuou em grandes equipes do Brasil e America Latina falou sobre a luta contra as drogas que durou anos.
“Para você ser um bom jogador, ser jogador de futebol, tu tens que querer mais do que tu imaginas. Tem que querer muito, tem que estar em primeiro lugar. Não tem essa de ‘ah, vou namorar, vou…’ Não. ‘Vou treinar, ah, vou descansar, ah, vou me preparar’. E depois, para ti vencer a droga, é a mesma coisa. Tem que ter garra, tem que ter raça, tem que ter fé, muita fé, acreditar no Senhor, e é isso aí”, explicou Rossi.
Dez anos depois da sua aposentadoria do futebol, aos 46 anos, o ex-atacante decidiu, por uma “brincadeira”, pegar da mão de uma outra pessoa uma pedra de crack para experimentar. E essa decisão quase destruiu sua vida. Em seis meses de uso, o ex-atleta perdeu tudo: dinheiro, esposas, filhos, amigos. Alex foi então internado por nove meses durante o ano de 2014 na Comunidade Terapêutica de Ivorá, a Fazenda do Senhor Jesus, para tratar-se de dependência química em crack, e se diz “recuperado, mas não curado, porque precisa ficar vigilante 24 horas por dia“.
“O Alex já foi um cigano, o Alex já foi um cara que rodou o futebol no Brasil e no exterior, e hoje ele quer aquietar o facho em algum lugar. E nada mais apropriado do que eu ficar mais perto dos meus familiares e com os meus amigos daqui”, disse Alex Rossi em terceira pessoa sobre si mesmo.
Atualmente, Rossi trabalha como ajudante de serviços gerais na Prefeitura de Cacequi. Ganha um salário mínimo por mês, e paga pensão para um casal de filhos gêmeos. “Digna! Digna! Posso bater no peito e dizer: sou pobre, mas sou feliz. Encontrei, sim, a minha felicidade, e qual é o problema?”, questionou, com orgulho o funcionário público.
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