- Por Levi Natan / Redação da Central do Timão
A paratleta Beth Gomes foi medalhista de ouro no lançamento de disco na classe F53 nas Paralímpiadas de Tóquio. Com 56 anos, a atleta é a mais velha em toda a delegação brasileira e também nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.
Após a prova, em entrevista ao SporTV, Beth Gomes decidiu homenagear a família que a acolheu após o falecimento de seus pais biológicos. A atleta recordou de forma emocionada o apoio que teve de Manoel Ferreira e Ruth Amaral após ser diagnosticada com esclerose múltipla em 1993. O casal foi autor de canções e marchinhas de carnaval conhecidas em todo o Brasil, como “Pipa do vovô” e “Coração Corinthiano”.
“Essa medalha é para os meus pais que estão lá no céu. Esse feito é para vocês. Sintam um pouquinho dessa medalha. Eu tive a felicidade de ter dois pais e duas mães, uma delas partiu na semana passada. Hoje ela está lá no céu, cantando as marchinhas de carnaval que tanto gostava. Eles estão lá no céu me aplaudindo”, disse Ruth, santista, que terminou cantando “Doutor, eu não me engano, meu coração é corinthiano”, de forma emocionada.
“Parece que eu estou vivendo um sonho, e esse sonho se tornou realidade. Foram cinco anos esperando por isso, depois de ter ficado de fora das Paralimpíadas do Rio por uma reclassificação funcional. E nada melhor do que comemorar esse feito hoje, 30 de agosto, dia da conscientização sobre a Esclerose Múltipla. Quero dedicar essa medalha a todas as pessoas que têm esclerose múltipla“, disse Ruth.
“Gratidão por todos que me apoiaram, todos os profissionais que cuidaram de mim, aos meus amigos que não me deixaram para trás. Essa medalha não é só minha, esse recorde não é só meu. Estou muito feliz“, completou.
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