Em 6 de agosto de 1995, Paulo Sérgio Rosa, o Viola, entrava em campo para disputar sua última partida no Corinthians, time onde jogou por sete anos.
Viola deixou o clube que o lançou ao futebol profissional em 1988, ano em que conquistou seu primeiro e, por alguns anos, único título: o Campeonato Paulista, conquistado com um gol seu sobre o Guarani, considerado favorito ao título, melhor e mais técnico do que o Corinthians.
No primeiro jogo, empate em 1 x 1 no Morumbi, Viola teve atuação discreta. O segundo jogo chegava à prorrogação sem gols e a vantagem do empate era do Bugre, que ficava perto de seu primeiro título paulista. Mas, aos cinco minutos do primeiro tempo da prorrogação, Wilson Mano fez um cruzamento torto e Viola, então com 19 anos, viu a chance. Correu e colocou sua perna no meio do caminho, num carrinho, que deslocou Sérgio Néri, o goleiro do Guarani, e fazia o gol do título do Corinthians.
Apesar disso, não se firmou. Somente em 1992, após empréstimos, Viola voltou ao Timão para ficar. Voltava um atacante forte fisicamente, com grande velocidade e apurada capacidade de fazer gols. Fazendo dupla de ataque com Nílson, terminou 1992 como titular absoluto do Corinthians, até dividindo o status de “ídolo” com Ronaldo e Neto.
E em 1993, foi o apogeu. Apesar de o Corinthians perder os títulos paulista e brasileiro, Viola foi o artilheiro do Campeonato Paulista (20 gols), destaque absoluto do Alvinegro naquele ano, sempre era saudado pela Fiel torcida com um coro similar ao usado pelo personagem Seu Boneco, na “Escolinha do Professor Raimundo” da TV Globo: “Eô, eô, o Viola é o terror!”.
Além dos gols, Viola fortaleceu sua imagem com as comemorações de gols engraçadas: imitou um porco no jogo de ida da final do Paulista de 1993 contra o Palmeiras, puxou “trenzinho” com outros jogadores do Corinthians, falou no “orelhão” do Pacaembu à homenagem a Ayrton Senna contra o Guarani, pelo Paulista de 1994, dias após o acidente fatal do piloto brasileiro, e deu até o “soco no ar” emulando Pelé, num 4×0 contra o Santos, também pelo Paulista, também em 1994.
Em 1995, se transferiu para o Valencia, da Espanha. Marcou no jogo de ida da final da Copa do Brasil. Sua despedida, que completa 26 anos nesta sexta-feira (06), aconteceu contra o Palmeiras, na conquista do 21ª título paulista do Alvinegro.
Ali Viola encerrava sua passagem pelo time do coração, após dois títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 1995, e 105 gols em 283 jogos.
“Entrei como campeão no Corinthians e saio como campeão do Corinthians”, lembrava ele naquele momento.
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