Em 2020, o futebol foi paralisado no mundo todo. No Brasil, foram quatro meses sem a bola rolando. Relembre tudo o que aconteceu no Corinthians durante esse período.
Durante a paralisação de 2020, o Corinthians se movimentou o mercado, trazendo dois reforços. Em junho, o Clube do Parque São Jorge anunciou o retorno do atacante Jô até o final de 2023, e no mês seguinte foi a vez da sirene tocar para a chegada de Léo Natel, que assinou com Timão até o final de 2024.
O meio-campista Pedrinho, que iria assumir a 10 do Corinthians na temporada, saiu para ir ao Benfica, por 20 milhões de euros (cerca de R$ 120 milhões na cotação da época). O atleta foi liberado para ficar no Clube do Parque São Jorge até o final do Paulistão, mas, com a pandemia, teve que se apresentar aos Encarnados antes do término da competição.
Em junho, o Clube do Parque São Jorge e o avançado Vagner Love, que hoje joga no Kairat, do Cazaquistão, chegaram a um acordo e optaram por rescindir o contrato.
Em julho, o Timão anunciou a devolução do atacante Yony González ao Benfica. Pedro Henrique e Richard foram anunciados como reforços do Athletico. O zagueiro foi negociado por 1 milhão de euro (cerca de R$ 6,1 milhões na cotação da época). O volante foi emprestado ao clube paranaense por 500 mil euros (cerca de R$ 3,6 milhões na época), até o meio de 2022.
Durante a paralisação de 2020, o Corinthians não vivia um bom momento no Paulistão. Após ser eliminado na Pré-Libertadores, a equipe comandada por Tiago Nunes estava na terceira colocação de seu grupo, com 11 pontos, cinco a menos que o segundo colocado, Guarani. Uma derrota do Timão ou uma vitória do Bugre, culminava na eliminação da equipe alvinegra ainda na fase de grupos.
No entanto, com o retorno da competição, o Corinthians venceu duas partidas, contra Palmeiras e Oeste, e o Guarani perdeu os seus dois jogos, contra Botafogo e São Paulo. Mais tarde, o Timão viria a perder a competição na final para o Palmeiras.
As eleições só foram acontecer no final do ano, mas durante a paralisação já era um assunto recorrente. Em junho de 2020, o Corinthians anunciou que a data do pleito seria no dia 28 de novembro. Duas candidaturas foram lançadas na época: Augusto Melo (Corinthians Mais Forte) e Paulo Garcia, que acabou não oficializando sua candidatura.
Mais tarde, o ex-presidente Mário Gobbi (Reconstrução) e Duílio Monteiro Alves (Renovação e Transparência), apoiado pelo ex-mandatário Andrés Sanchez, lançaram suas candidaturas. Duílio saiu vencedor e assumiu o clube no início de 2021.
A parte financeira do Corinthians foi bastante discutida durante a paralisação. Apesar de ter anunciado a chegada da Galera Group, em julho, que pagaria ao Timão R$ 8 milhões por ano, durante quatro temporadas, o Clube perdeu três patrocinadores em meio a pandemia.
As primeiras foram a MarjoSports e a TOTVS, ambas no dia 1° de junho. O valor que as marcas pagavam ao Corinthians não foram divulgados. Perto do retorno, em julho, a Joli, que rendia aos cofres cerca de R$ 4 milhões anuais, foi outra a deixar o Timão.
O dinheiro da venda de Pedrinho ao Benfica já era um assunto recorrente na época. Matias Romano Ávila, diretor financeiro do Corinthians na época, previa que os R$ 120 milhões entrariam no caixa até julho, como um socorro para o Clube sanar dívidas e colocar os salários em dia.
Para não ser bloqueado de registrar novos jogadores, o Corinthians precisava realizar o pagamento das últimas parcelas da compra de Bruno Méndez junto ao Montevideo Wanderers, do Uruguai, que veio a ser quitada em dezembro.
O clube também passou por um processo semelhante com Cantillo, pagando as três parcelas de 2020: 900 mil dólares (R$4,6 milhões) em janeiro, 600 mil dólares (R$3,1 milhões) em junho e 650 mil dólares (R$3,3 milhões) em dezembro. Restando o saldo de 850 mil dólares (R$4,7 milhões) para quitar o passe do atleta em 2021.
O Corinthians passou a dever o salário dos jogadores. Tudo teve início no dia 5 de abril, quando o Clube deixou de pagar os vencimentos de março. O débito cresceu de um mês para três, completados em junho. Apenas neste mês que o Timão conseguiu ficar em dia com os salários.
Além da dívida com o clube uruguaio e com os seus próprios jogadores, o Corinthians foi acionado inúmeras vezes na justiça por ex-atletas, empresas e até mesmo a Prefeitura de São Paulo.
A dívida em relação a Neo Química Arena tem acompanhado o Timão com o passar dos anos. Durante a pandemia, o Corinthians não conseguiu desenvolver nenhum tipo de acordo, mas, em novembro, o Clube e a Caixa chegaram à uma resolução para quitar a dívida de R$ 569 milhões. O Timão terminará de pagar o trato apenas em 2040.
Em setembro, o Corinthians acertou a venda dos naming rigths do estádio para a Neo Química, que pagará 300 milhões em 10 anos. Com isso, dos R$ 569 milhões, o Clube precisará desembolsar R$ 269 milhões.
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