Uma das revelações da Copa São Paulo de 2017, está perto de terminar o contrato com o Corinthians. O atacante Carlinhos, de 23 anos, atualmente emprestado ao Atibaia, deu entrevista ao GE falando sobre sua carreira.
Carlinhos se destacou na base do Novohorizontino e chegou ao Corinthians em 2014. Em 2016, após uma boa atuação na Copinha foi promovido ao profissional junto com Warian, Léo Jabá e Rodrigo Figueredo, mas retornou em 2017 ao sub-20, onde ganhou a Copinha e foi artilheiro do torneio com 11 gols.
O técnico Fábio Carille o trouxe novamente ao profissional para ser uma das opções no ataque, mas acabou emprestando o jogador ao Oeste alegando falta de foco e problemas de comportamento, e essa informação alinhada a boatos acabou prejudicando sua carreira segundo o atleta:
“Sempre trabalhei e fiz as coisas certas. O que mais me doeu foi que a mídia plantou um monte de notícia falsa sobre mim, que eu era cachaceiro, que eu não gostava de treinar, que era preguiçoso. Nunca fui isso. Como eu não ia querer treinar no Corinthians? Não tem lógica. Sempre quis estar onde eu estava. Me deram poucas chances, mas vou tentar em outros lugares. Estou feliz no Atibaia”
Carlinhos passou pelo Oeste, Vila Nova, Novorizontino e Marcílio Dias-SC, chegou até a ter uma chance para jogar no Japão, mas preferiu continuar no Brasil para mostrar seu trabalho. Aos 23 anos, disputou quatro jogos pelo Atibaia e marcou um gol. Atleta se recupera de uma lesão no tornozelo e promete se dedicar ainda mais no atual clube:
“Deus tem coisa nova para mim. Pode ser no Corinthians, caso renovem comigo, ou para onde eu for. Serei bem-sucedido ainda. Um dia vou dar entrevista e vou estar na seleção brasileira.”
Segundo Carlinhos, as notícias sobre seu suposto comportamento antiprofissional fizeram com que sua imagem fosse prejudicada diante do torcedor do Corinthians:
“Sofri muito com isso, as pessoas me acusando. Agora amadureci e sei que é coisa do futebol, mas a gente é ser humano. Você já se sente mal por não estar jogando, aí vêm algumas pessoas me massacrar falando que eu bebia, que era baladeiro, sendo que nunca saí. Morava com meu empresário (Paulo César) em São Paulo. Não ia chegar às 4h morando na casa dos outros. Era do treino para casa, e da casa para a igreja, tanto que meu pai é pastor e sempre me pegou no pé para ir à igreja. Nunca fui de sair. Querendo ou não, acabaram com minha imagem. Muita gente falou de mim sem saber.”
“É duro você sair na rua e uma pessoa que nem te conhece falar: “Aí, Carlinhos, você é craque de bola, não joga porque não tem cabeça”. Isso machuca. Aconteceu inúmeras vezes, ainda mais no Instagram: “Você é craque, foca, para de beber e de usar droga”. Sou um ser humano.”
Mas O jogador ainda tem esperança, tudo que viveu no Corinthians lhe serviu de aprendizado e ele amadureceu. Seu tempo com Guerrero, Jô e Kazim serviram para aprender suas qualidades e pôr em pratica:
“Para mim, foi bom, um aprendizado, só tenho a agradecer o carinho que a torcida tem por mim até hoje. Foi uma experiência que eu tinha que passar para aprender e amadurecer. Desde que comecei a subir para completar treinos, sempre olhei muito a forma de jogar do Guerrero, depois observei muito Jô e Kazim, cada um com suas qualidades, com a proteção de corpo. Tudo foi aprendizado.”
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