O atacante do Corinthians foi denunciado pelo STJD pelo artigo 254-A, agressão física, e pode pegar suspensão de quatro a 12 jogos
Em entrevista ao programa Globo Esporte, na Rede Globo, o atacante Jô, do Corinthians, pediu desculpas ao zagueiro Diego Costa, do São Paulo, por um soco dado nas costas do defensor durante o clássico do último domingo (30), entre os dois rivais.
Na quarta-feira (02) Jô foi denunciado por agressão pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), após reclamação do São Paulo. No programa, o atacante pediu desculpas pelo ato.
“De cabeça quente, na adrenalina do jogo, a gente acaba tomando algumas atitudes que depois revê e obviamente se arrepende. Ainda não tive a oportunidade de pedir desculpas para ele (Diego) ou todos os envolvidos: São Paulo, Corinthians, torcedores e espectadores que estavam assistindo ao jogo”, explicou.
“São atitudes que nós, jogadores, não podemos ter, até pelo exemplo que a gente sempre dá. Então venho aqui pedir desculpas a todos. Claro que no calor da emoção a gente toma algumas atitudes, mas não é esse exemplo que a gente tem que passar. Vida que segue”, disse o atacante.
Jô será julgado por agressão física, com base no artigo é o 254-A do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), e pode pegar suspensão de quatro a 12 jogos. O julgamento, ainda sem data prevista, será virtual.
Na tarde de ontem (04), a CBF emitiu parecer sobre o ocorrido. Na visão da entidade, a ação de Jô não caracteriza força excessiva ou brutalidade, e não caracterizaria cartão vermelho, apesar de censurar a atitude do atleta do Corinthians em documento.
“O fato não caracterizou ação com força excessiva ou brutalidade, para justificar a expulsão do jogador. Desse modo, apesar da atuação do VAR não haver sido a mais correta tecnicamente, ainda que ele houvesse apurado o outro fato, chegaria à mesma conclusão, ou seja, a de que não teria havido fato para justificar cartão vermelho, como o fez, mas relativamente ao lance efetivamente checado” diz o parecer.
“Antes, porém, de demonstrá-lo é conveniente, senão até obrigatório que esta Ouvidoria se pronuncie sobre à justa indignação do Reclamante, pois, de fato, a ação do jogador do Corinthians deve ser censurada, por ferir, inegavelmente, a ética e o respeito que deve haver entre atletas,” é citado em outro trecho.
“A sem-razão do Reclamante, todavia e primeiramente, está em que a equipe de arbitragem nem “ignorou” nem, principalmente, ‘protegeu’ a indevida ação do jogador do Corinthians. Com efeito, tanto o árbitro de campo como o próprio VAR (embora este mereça uma observação à parte) envidaram esforços para detectar o fato. Realmente, pois o arbitro parou o jogo provocou a checagem e esperou o parecer do VAR. Este, de seu turno, usou as câmeras que lhe pareceram mais adequadas para tentar captar o incidente, mas não obteve êxito, principalmente porque teve sua atenção desviada por outro fato entre os mesmos jogadores. Não houve, assim, fato ‘’ignorado’’ tampouco ‘’protegido”, conclui.
O técnico Tiago Nunes se mostrou preocupado com julgamentos precipitados e saiu em defesa de Jô. Para o treinador do Corinthians é preciso se considerar o histórico do jogador.
“Isso tem de ser tratando com muita cautela. O Jô tem um histórico que não tem nada que venha contra ele, tem coisas que acontecem dentro do campo que até pela falta do torcedor, pela quantidade de microfones, acabam sendo captadas e tratadas de uma maneira não ideal. A gente tem de ter muito cuidado, cautela, o ideal é que a gente sempre fale de futebol, de tática, infelizmente esses assuntos de fofoca, confusões, sempre vem à tona. A gente espera que isso passe o mais rápido possível, porque o Jô é um cara importante para o Corinthians em qualquer circunstância”, disse.
Por Nágela Gaia/Redação da Central do Timão
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