Ex-atleta e auxiliar do Corinthians, Fabinho abriu o jogo à Central do Timão sobre sua formação fora das quatro linhas
Na última terça (14), o ex-atleta/auxiliar do Corinthians, Fabinho, esteve na live da TV Central do Timão, no YouTube. Na conversa, o ex-volante falou sobre a iniciativa de virar treinador, que segundo ele, começou ainda enquanto jogava.
“Eu já anotava alguns treinamentos, pensando em adaptações para uma maneira que ficasse mais fácil para o atleta.”, citou Fabinho.
Ao longo dessa formação fora das quatro linhas, Fabinho explicou que vem tendo a ajuda de grandes mestres no processo. O primeiro deles foi Tite, técnico multicampeão pelo Corinthians, e que lhe deu algumas dicas.
“Eu fui atleta do Tite, em 2004, e me apaixonei pela conduta dele. A gente estava em um ano financeiramente muito difícil, com muito atleta da base. Ele chegou, revolucionou uma equipe muito jovem, e a gente conseguiu aí, ficamos em 5º lugar no Brasileiro”, citou Fabinho, que ainda completou.
“Liguei para ele e disse: ‘estou querendo começar a carreira de treinador, mas eu sinto que eu não posso ensinar o que eu aprendi’. Ele falou: ‘pega a caneta aí que eu vou te passar algumas coisas'”, contou Fabinho.
O ex-atleta ainda contou que Tite o aconselhou a fazer uma faculdade. Fabinho conta que tem vontade de cursar direito, mas lhe falta tempo.
Preparando-se para a carreira, Fabinho revelou que fez curso de análise de desempenho na Universidade de Southampton, projetos de coaching e as formações da CBF. Durante o período, cumpriu estágio no Corinthians, auxiliando nas diversas categorias de base. Nesse trabalho, esteve ao lado de Osmar Loss, com quem também trabalhou no profissional do time.
“Eu aprendi muito com o melhor, que foi o Osmar Loss. Tive a oportunidade de acompanhar o trabalho dele, e depois no profissional. O Osmar é como se fosse um pai. É um cara que me ajudou muito”, citou Fabinho.
Em 2016, Fabinho completou a licença A da CBF e queria vivenciar mais da base do Corinthians. O ex-jogador contou que o clube queria trazer ex-atletas para as categorias dos jovens; foi aí que chegou ao sub-17.
Porém, em 2017, Carille assumiu o profissional e o convidou para trabalhar no time de cima. No início, Fabinho ficou no CIFUT, responsável pelas análises de desempenho dos atletas.
“Aí eu entro no CIFUT para estudar. Eu não entrei direto no campo. Para mim, era o que eu pedi a Deus. O Corinthians não tem espaço para erro. E eu vivi tudo isso, eu fui desenvolvido”, explicou Fabinho.
O ex-volante falou sobre toda a admiração por Fábio Carille, adquirida na época m que trabalharam juntos.
“Para mim, o Carille é o melhor dos últimos tempos. Um treinador que nas condições que ele teve consegue o que conseguiu, só vai deixar de ser bom quando alguém fizer o que ele fez”, declarou o ex-jogador.
Em 2019, Fabinho era contratado pelo Corinthians, e acabou saindo do clube junto com Fábio, após a derrota para o Flamengo, em novembro. O atleta não continuou trabalhando com Carille, e revelou que não tem mágoa alguma por isso.
“Não fiquei chateado, de maneira nenhuma. Eu sempre falo para todo mundo, o Fábio é meu irmão. Eu não era da comissão do Fábio Carille, eu era da comissão fixa do clube. Só que a gente criou um laço muito grande, de profissionalismo, de respeito. O Fábio era um cara muito simples”, explicou Fabinho, que ainda completou.
“Ele não tinha responsabilidade nenhuma de dizer: ‘onde eu for, você vai’. A gente nunca teve essa conversa, eu estava perto dele para aprender o máximo que eu podia, eu sugava, eu perguntava. O Fábio nunca me escondeu conhecimento, sempre me inseriu nos problemas”, disse o ex-volante.
Fabinho ainda revelou que a profissão de auxiliar passa por um certo ‘descrédito’, quando o profissional não é inserido nos problemas como parte da comissão.
“Na CBF eu vi uma inquietação muito grande com o auxiliar. Eu estou ali no clube, eu vivo o clube. Só que a experiência que eu vi que outros profissionais tiveram em outros lugares,não era legal”, revelou o auxiliar, que novamente elogiou Carille.
“Quando não esconde o conhecimento, o que você guarda de um cara desse? É respeito. Torço para que o Carille tenha sucesso, ele é um cara humilde. Não tem porque ele ter essa responsabilidade comigo, jamais”, completou Fabinho.
Veja a entrevista na íntegra:
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados