Professor, parceiro e competitivo; Júlio César fala sobre Ronaldo Fenômeno no Corinthians
Hoje no Red Bull Bragantino, clube do interior paulista, Júlio César passou boa parte de sua carreira no Corinthians, desde as categorias de base. Profissionalmente, o goleiro de 35 anos atuou pelo clube de 2005 a 2013. É um dos maiores campeões com a camisa alvinegra no século XXI, vencendo dois paulistas, uma Copa do Brasil, uma série B, dois brasileiros, a Libertadores, a Recopa e o Mundial
Entre 2009 e 2011, o arqueiro dividiu vestiário com Ronaldo Fenômeno, o astro bicampeão do mundo pela Seleção Brasileira. Em entrevista ao UOL, o ex-Corinthians revelou que o craque era muito competitivo e gostava de fazer apostas com os companheiros de time.
“Ele aprontava demais. É um cara muito competitivo, tudo o que ele fazia era competição. O que a gente mais fazia com ele, depois de todo treino tinha que ter disputa de pênaltis. Ele tinha três pênaltis para chutar, se a gente pegasse um, ele tinha que dar R$ 50 para gente, se ele fizesse os três a gente tinha que dar R$ 50 para ele. Até nisso era disputa. Você não tinha muita opção de não ir. Então, para você ir e não perder o dinheiro você tinha que pagar os pênaltis”, contou o goleiro à reportagem do UOL Esporte.
Questionado sobre o saldo contra o Fenômeno, Júlio César acredita que venceu mais do que perdeu, tirando um pouco de dinheiro do craque.
“Acho que eu ganhei mais. Não juntava só ele também. Aí, vinha mais uma galera na sequência. Todo mundo acabava entrando na brincadeira. A média, sim, era boa. Às vezes, tinha uns que você perdia mais, uns que você ganhava, mas na média eu acho que eu saí no positivo”, completou Júlio César.
Com a camisa alvinegra, Ronaldo disputou 69 jogos e marcou 35 gols. Ajudou a equipe nas conquistas da Copa do Brasil e do Paulistão de 2009, marcando gols em ambas as finais. Além dos resultados em campo, Júlio César afirmou que o atacante auxiliava os companheiros nos treinamentos, dando conselhos e orientações.
“Ele pegava eu, o Danilo Fernandes e, às vezes, o Rafael Santos também para que a gente ficasse, depois, com ele, fazendo finalização. Ele falava o que ele não gostava que o goleiro fazia, o que a gente podia fazer para dificultar. Era um cara que além de ele treinar, ajudava a gente a treinar. É um cara totalmente fora de série. O apelido de Fenômeno não é à toa, porque ele é um fenômeno tanto dentro como fora de campo”, contou o jogador, que ainda falou sobre a satisfação de atuar com o maior artilheiro do Brasil em Copas.
“Primeiro de tudo era um prazer, a maior alegria de todo mundo chegar todo o dia lá e conseguir treinar com ele, conversar, brincar, porque ele é um cara bastante acessível. Podíamos ouvir as histórias que ele tinha para contar”, disse o jogador ao UOL.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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