O amor pelo Timão e o desejo de ajudar o Clube estão presentes na família de descendência espanhola que em 1928 recebeu seu vizinho mais ilustre: o Parque São Jorge
Desenhar é paixão antiga para Alexandre Helios Barrios Mota, o Helinho, tatuador, 41 anos. Não mais antiga que o amor pelo Corinthians, que data de 1912 quando seu bisavô Antonio Barrios Ramirez chegou a São Paulo, vindo da Espanha.
O Corinthians ainda estava no Bom Retiro e já arrastava grandes públicos para seus jogos, se firmando como a maior força do cenário da várzea paulistana. Tanto, que aquela torcida imensa chamou atenção da Liga Paulista de Foot-Ball, financiada pela cobrança de ingressos para as partidas de seu torneio.
Anos depois, o Corinthians se mudou para o Parque São Jorge, e se tornou próximo da família, que já morava na Rua Arnaldo Cintra – e ainda mora -. A chegada do vizinho ilustre movimentou a região e aumentou o carinho com o time de coração. O avô de Helinho, Hélios Barrios, era feirante e com seu caminhãozinho ajudava fazendo carretos gratuitos para o Clube que surgia no bairro.
“A minha família é mais antiga aqui onde moro, que o Corinthians. O meu avô viu o Corinthians crescer aqui no Parque São Jorge. Meu avô contava que levou o telhado da bocha e da peteca no caminhãozinho dele de feira quando estavam construindo o Clube. Ele não cobrava nada, fazia pra ajudar na construção do clube. Ele me contava as histórias de ajudar o Clube, então eu carrego isso comigo, de ajudar o Corinthians“, conta o torcedor.
Orgulhoso de suas raízes, Helinho mostra fotos das carteirinhas de sócios remidos do Clube assinadas pelos presidentes Alfredo Ignácio Trindade e Vicente Matheus e comprovantes de quitação de anuidades. “A família sempre ajudou o Corinthians”, afirma.
“Meu avô se chamava Hélios Barrios, minha tia era Esmeralda Barrios, eles eram todos sócios do Corinthians. Naquela época existia um plano que a pessoa pagava por uns 30 anos (acho) de contribuição e ganhava do clube o título de sócio remido, então eles ganharam assim, contribuindo com o Clube”, explica.
Fora o Corinthians, é a tatuagem a outra grande paixão de Helinho. E ele revela em seu corpo esses dois grandes amores. Em seu estúdio montado na capital paulista, Helinho faz todos os tipos de desenhos, pinta quadros e faz grafites, porém tem orgulho em dizer que é especializado em trabalhos que representem o Corinthians.
“Dízimo”
Além do capricho do trabalho, outro detalhe chama atenção nesse torcedor. Ele dá uma espécie de “dízimo” ao Clube. De cada tatuagem feita com o tema Corinthians, ele separa 10% do valor para ajudar o Timão.
No momento, está fazendo as doações ao #ResenhaAlvinegra, programa transmitido pela Corinthians TV e que distribui cestas básicas para comunidades impactadas pela pandemia do coronavírus. O projeto conta com o apoio do Banco BMG, patrocinador master do clube.
“Se hoje o Corinthians me proporciona ganhar minha vida através da minha arte usando o símbolo dele, nada mais justo que eu devolva uma parte a ele. É uma forma de eu ajudar o meu clube do coração, como ele me ajuda”, explica Helinho.
Veja abaixo, na galeria, fotos de trabalhos de Helinho. E para conhecer mais a respeito, ou entrar em contato com ele, siga suas redes sociais:
https://www.facebook.com/CAUAYANTATTOO/
https://www.instagram.com/cauatattoo/
Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão