Um dos maiores artilheiros da história do Corinthians, o meio-campista Servílio de Jesus ganhou o apelido de “Bailarino da Fazendinha” por seu futebol clássico e refinado
Nascido em 15 de dezembro de 1915, Servílio de Jesus completaria 104 anos neste domingo (15). Foi descoberto pelo Corinthians em uma excursão à Bahia no começo de 1938. Seu futebol elegante e refinado, despertou o interesse do Timão e logo Servílio foi parar no Parque São Jorge. Se adaptou rapidamente e passou a fazer dupla com Teleco, que era a grande estrela da equipe.
Pelo Corinthians, Servílio ganhou o Campeonato Paulista em 1938, 1939 e 1941. A classe e a beleza de seu futebol fizeram com que a torcida e a crônica esportiva o chamassem de “O Bailarino da Fazendinha”. Após a saída de Teleco, passou a jogar como centroavante e se tornou artilheiro estadual por três anos seguidos (1945/46/47), sendo um dos primeiros jogadores do Timão a atingir a marca de 200 gols e permanece até hoje como o sexto maior artilheiro que já passou pelo clube.
Foram várias as convocações de Servílio para as seleções Brasileira e Paulista. Também escreveu história quando vestiu a primeira “camisa nove” do Corinthians, em 22 de dezembro de 1946, em um amistoso contra o River Plate da Argentina, no Estádio do Pacaembu. Até aquela data as camisas dos jogadores não eram numeradas, o que passou a ser obrigatório a partir de 1948.
Em onze anos com o manto sagrado do Corinthians, Servílio atuou em 363 partidas, obtendo 241 vitórias, 51 empates, 71 derrotas e anotando a expressiva marca de 201 gols. Foi o artilheiro do Paulistão por três vezes seguidas: 1945 (17 gols) 1946 (9 gols) e 1947 (20 gols).
O “Bailarino da Fazendinha” faleceu em 10 de abril de 1984, com apenas 68 anos, em São Paulo, capital. Era o pai de Servílio Filho, ídolo no Palmeiras.
Por Nágela Gaia
Fontes de pesquisa:
Livro: Timão 100 anos – Celso Unzelte – Ed. Gutenberg
Blog Tardes de Pacaembu
Os comentários estão fechados.
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados
Como diria Neto: ” monstro sagrado digasse de passage”