Que o brasileiro não perde uma oportunidade para fazer uma piada é incontestável, principalmente nessa era das conexões e redes sociais os tais “memes” são quase mais rápidos que a própria notícia, principalmente com as facilidades encontradas atualmente através de aplicativos e outros recursos contidos em um simples aparelho de celular, faz me lembrar da célebre frase: perco o amigo, mas não perco a piada.
Pois é, me divirto muito com a criatividade desse povo, mas para mim, como tudo na vida, tudo tem limites, procuro sempre me colocar no lugar do outro, de uma mãe, de um filho quando a piada é de alguém que amamos. Colocar o ser humano acima de tudo isso.
Depois de ver o meme da venda do Clayson, posso ter achado criativa, porém sem o mínimo de respeito ao ser humano, ao filho, ao pai Clayson. Algo desnecessário.
Lembrei das piadas e canções de péssimo gosto sobre o acidente da Chapecoense, como alguns querem ganhar likes desejando que outras pessoas pudessem estar na mesma situação. Lembrei também das zoações envolvendo Casa Grande e Adriano, pessoas dependentes químicos, que é considerado e tratado como doença.
Estou citando apenas alguns casos e relacionados a futebol, mas sabemos que ninguém é poupado.
Se analisarmos friamente os números da depressão e suicídios veremos que trata-se de algo muito significativo. Já existem trabalhos consistentes do tipo Setembro Amarelo, telefones exclusivos para auxílio de pessoas com esse diagnóstico.
Pode até não ser exclusiva, mas é minha opinião. Através da internet pessoas criam personagens, assumem falsas identidades e assim atacam outras pessoas sem o menor respeito, quando na realidade do dia a dia nem olham na cara de outras pessoas para dar um simples bom dia! O anonimato da coragem para atacar, escrachar ou humilhar outras pessoas sem a menor cerimônia.
Não sabemos como a pessoa na outra tela de um celular irá digerir tais informações. Depressão não escolhe padrão, não tem perfil, não escolhe sexo, classe social ou idade. É algo muito sério e os números estão crescendo assustadoramente, principalmente em nosso país.
Voltando ao Clayson, li algo, não sei se é verdade, que o Carille pretende investir nele até alcançar o nível técnico desejado. Já o vi conseguir tal feito com Danilo Avelar. Partindo do pressuposto de que ninguém é perfeito, mantenho minha opinião de que técnico/elenco precisam de tempo para ganhar entrosamento.
O Clayson vale muito e eu acredito nisso! Seja para sua mãe e familiares, para seus filhos, esposa, amigos e para mim pelo simples fato de vestir uma camisa de tanto valor e respeito.
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Rita ? (@rtamarozi) | Twitter
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