2012, O ANO DA LIBERTAÇÃO: Há sete anos o Corinthians conquistava a Libertadores de forma invicta

Há exatamente sete anos, o Corinthians calava a boca de todos e conquistava pela primeira vez a Copa Libertadores, de forma invicta.

Poster do Corinthians Campeão da Copa Libertadores da América 2012, em 04.07.2012, no Pacaembu, São Paulo/SP. Foto de Eduardo Knapp/Folhapress

Aos 47 minutos e 30 segundos do segundo tempo, o Corinthians começava a traçar sua história invicta na Copa Libertadores. Alex cruza a bola na cabeça Ralf que empata a partida na Venezuela. Deportivo Tachira 1×1 Corinthians.

Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Na segunda partida da fase de grupos, uma vitória tranquila sobre o Nacional (PAR). 2 a 0, com um lindo gol de Danilo e um gol de peito de Jorge Henrique, após cruzamento de Edenílson. Com o Pacaembu lotado, o Corinthians vence a primeira na competição.

Foto: Gazeta Press

Após sufoco no México, o Corinthians empata com o Cruz Azul em 0 a 0, com o zagueiro Chicão salvando uma bola em cima da linha no final da partida.

Danilo do Corinthians no jogo contra o Cruz Azul (Foto: Edgard Garrido / Reuters)

No returno da fase de grupos, o Esquadrão Mosqueteiro recebeu o Cruz Azul (MEX) no Pacaembu e, com gol do sempre decisivo Danilo, bateu os mexicanos por 1 a 0, já mostrando a cara do time, formado por jogadores operários.

Gol da vitória contra os mexicanos saiu da cabeça do “artilheiro” Danilo. (Foto: Gazeta Press)

Na rodada seguinte, ótima vitória por 3 a 1, no Paraguai, contra o Nacional, com gols de Jorge Henrique, Emerson – grande destaque da partida – e Elton, após belíssima jogada de Sheik.

Foto: Reuters

Contra o Deportivo Tachira (VEN), a maior goleada: 6 a 0, com gols de Danilo, Paulinho, Emerson, Jorge Henrique, Liedson e Douglas. Destaque para o gol de Liedson, após rebote do goleiro em cobrança de pênalti do Levezinho. Na comemoração, todo o time vibrou com o luso-brasileiro. “Goleada corinthiana e vamos prosseguir”

Foto: Divulgação

Já nas oitavas e com Cássio no gol, o Timão segurou um empate sem gols no Equador contra o Emelec, em um jogo típico de Libertadores, com catimba e expulsão injusta de Jorge Henrique. Na volta, belíssima exibição do Esquadrão Mosqueteiro e goleada por 3 a 0, com gol de Fábio Santos no início do jogo e dois gols na etapa final; um de Paulinho e um de Alex. Estava findado ali o fantasma das oitavas que assombrava o Corinthians.

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Nas quartas, os duelos mais emocionante daquela edição da Libertadores e, talvez, da história do torneio. Campeão e vice do Brasileiro de 2011, Corinthians e Vasco travaram um duro duelo em São Januário, onde um Corinthians copeiro segurou um 0 a 0 valioso. Mas o jogo de volta traria muitas emoções para a Fiel.

Foto: Victor R. Caivano/AP

No Pacaembu lotado, Timão e Vasco empatavam por 0 a 0, até que Diego Souza roubou a bola de Alessandro e calou o Pacaembu por oito segundos, partindo sozinho em direção ao gol. Caprichosamente, bateu rasteiro e Cássio, de forma milagrosa, tocou com a ponta dos dedos e mandou pra escanteio. Relatos de Fiéis presentes no estádio apontam esses como os oito segundos mais demorados da história corinthiana.

Cássio praticou ‘milagre’ em finalização cara a cara do vascaíno Diego Souza (Foto: Agência AP)

Quando tudo apontava para um 0 a 0 e cobrança de pênaltis, Alex bateu escanteio e Paulinho subiu no segundo andar e testou com força, pro fundo do gol de Fernando Prass. Êxtase no Pacaembu, nervos à flor da pele e explosão de Tite nas arquibancadas do estádio (havia sido expulso) e de Paulinho, que visivelmente emocionado, abraçou um torcedor no alambrado. Cena mais corinthiana, impossível. Vaga nas semifinais garantida.

Paulinho comemora gol da classificação com a torcida do Corinthians (Foto: Agência AFP)

Após a classificação heróica diante do Vasco, com Cássio e Paulinho sendo destaques da partida, o Corinthians chega às semifinais e pega nada mais, nada menos que o campeão da edição anterior, o Santos de Ganso e Neymar.

Com mais uma atuação extraordinária do goleiro Cássio, Emerson Sheik coloca a bola na gaveta, sem chances para o goleiro Rafael, e o Timão bate o alvinegro praiano em plena Vila Belmiro por 1 a 0.

Sheik comemora golaço marcado contra o Santos, o único do clássico (Foto: Ricardo Saibun / Agência Estado)

No jogo de volta, no Pacaembu, o Santos sai na frente com Neymar, logo na primeira etapa. Mas, aos dois minutos da etapa final, Alex cobra falta em direção de Danilo e com aquela tranquilidade que o meia sempre teve, empurra a bola para o fundo das redes santistas. Depois, foi só esperar o apito do árbitro. O Corinthians chega pela primeira vez em uma final de Libertadores.

O gol de Danilo na voz do eterno Deva Pascovicci

Enfim, a tão sonhada final chegou, e de cara um dos maiores times sul-americanos, o Boca Jrs.

Na primeira partida, o Boca Jrs de Riquelme saiu na frente, porém, a torcida do Corinthians, que lotava seu espaço reservado na La Bombonera, fez a festa quando, aos 39 minutos do segundo tempo, Emerson Sheik encontra Romarinho livre que toca por cima do goleiro e manda para o fundo das redes. Já dizia Cléber Machado: “Olha o Romarinho.. Isso é que é estrela. Isso é pra cair nas graças, pra morar no coração da Fiel Torcida.. Foi o primeiro tapa na bola que ele deu na Libertadores na vida inteira, e manda para o fundo do gol”.

Romarinho entrou para a história do Corinthians com o gol na Argentina (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Finalmente chegou o tão aguardado 04/07/12, o dia da libertação alvinegra. Pacaembu lotado, a Fiel Torcida empurrando, como de costume, do primeiro ao último minuto. O dia que o Sport Club Corinthians Paulista não só calou o Boca, como a boca de todos. De forma INVICTA, o Corinthians conquista a Copa Libertadores da América. Os dois gols daquela noite memorável no Pacaembu saíram dos pés de Emerson Sheik. Não tinha jeito, aquela taça foi desdenhada para ser do Timão. 04 de julho de 2012.. Enfim.. Libertados! 

Foto: Mário Angelo/Sigmapress/Folhapress

Com um aproveitamento de 71,4%, oito vitórias e seis empates. O Corinthians levou apenas quatro gols naquela Libertadores e marcou 21, tornando-se campeão invicto.

Photo by Helio Suenaga/LatinContent/Getty Images

Por Redação Central do Timão

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