Foto de Daniel Augusto Jr.
Volante limpo, com ótimo tempo de bola e preciso nos desarmes, Ralf de Souza Teles está em sua oitava temporada pelo Corinthians e carrega muitas glórias em sua bagagem pelo Timão.
Em 2010, quando contratado, Ralf tinha a missão de substituir Cristian, um dos jogadores mais identificados com o clube, então vendido para Europa. Não decepcionou, o volante teve boa atuação e conquistou sua titularidade, no decorrer do ano.
Em 2011, foi peça chave do pentacampeonato brasileiro. Carregou o piano para o time, liberando Paulinho para atacar com mais tranquilidade.
Humilde e discreto, o meio-campista alvinegro chegou à incrível marca de 418 jogos pelo Corinthians e é o 14° jogador com mais atuações pelo clube, ficando atrás apenas de jogadores como Wladimir, Luizinho, Ronaldo Giovanelli, Biro-Biro, e outros poucos.
O ano de 2012 foi um ano especial na história do Corinthians. A tão sonhada Taça Libertadores da América enfim chegou, e começou com um gol dele. Não podia ser diferente para não deixar de ser tão especial. Na estreia do time na competição, Ralf foi o responsável pelo gol de empate aos 48 do segundo tempo, contra o Desportivo Táchira, no empate por 1×1. O resto do ano está eternizado na mente e no coração de cada corinthiano. Ralf conseguiu fazer o que nem a seleção brasileira conseguiu em Copa do Mundo: anular o Belga Hazard. O MUNDO ERA NOSSO, MAIS UMA VEZ!
Ralf já era ídolo da Fiel, mas passou por um momento de pressão. O jogador chegou a ser alvo de questionamentos por alguns torcedores e até mesmo pela diretoria, no ínicio de 2015, ano em que o clube conquistou o hexacampeonato brasileiro. Após a eliminação na Taça Libertadores da América para o modesto Guarany do Paraguai, o time viveu momentos turbulentos e Ralf foi perdendo a posição de titular para o hoje rival Bruno Henrique. Ralf não se abalou e continuou treinando forte para recuperar seu lugar na equipe titular.
Enquanto trabalhava para recuperar sua vaga, vivia uma guerra de bastidores com o então presidente Roberto de Andrade, que não queria renovar seu contrato sem redução salarial. A titularidade não demorou a retornar e ele foi peça fundamental para a conquista do hexacampeonato, sendo capitão e erguendo a taça, após a incrível goleada de 6×1 sobre o São Paulo, na Arena Corinthians.
Foto de Daniel Augusto Jr.
Já a “novela” sobre a renovação de contrato durou até o final do ano e não foi do jeito que o clube esperava. Ralf fez um novo contrato com uma multa baixa – 2 milhões de Euros -, já sabendo que viria uma proposta do futebol chinês. O Beijiing Guoan pagou a multa e tirou Ralf do Corinthians. Parte da torcida não perdoou a saída conturbada do volante em meio à um desmanche surreal que o clube vivera no final de 2015. O tribunal das mídias sociais o carimbou como mercenário.
Em dois anos longe, o Corinthians encontrou em Gabriel teu substituto ideal, mas longe de ter a mesma qualidade e regularidade que Ralf sempre demonstrou enquanto esteve em campo. Mesmo assim, Gabriel foi peça importante para o bicampeonato paulista (17/18) e o heptacampeonato brasileiro, em 2017.
Após encerrar seu contrato com o clube chinês, Ralf não pensou duas vezes e decidiu voltar para o Timão, seu clube de coração, onde já incluiu mais dois títulos paulistas para sua coleção.
DISCIPLINA INVEJÁVEL
Ralf é um jogador que tem apenas 9 gols marcados, mas tem dezenas de centenas de gols evitados contra o Corinthians, e o melhor de tudo, é um volante que sabe jogar limpo. Em 418 jogos disputados pelo clube, Ralf tem apenas 48 cartões amarelos (uma média de quase 1 cartão a cada 9 jogos) e NENHUM cartão vermelho. Jogador de destruição de jogadas sem nenhum cartão vermelho é algo muito além do entendimento de qualquer torcedor.
Ralf sempre foi o parceiro ideal de Elias e Paulinho, dois volantes que fizeram história no clube, mas vai além disso. Com sua proteção à frente da zaga, jogadores medianos saíram do Corinthians com status de ótimos. Posso citar dois exemplos claros: Paulo André e Cléber. Paulo André pintava quadros melhor do que jogava futebol, mas após passagem pelo Timão ganhou fama e passeou pelo México, Cruzeiro e Athletico Paranaense. Assim como o zagueiro Cléber que fez dupla com Gil, em 2014, e foi vendido para o futebol europeu.
NÚMEROS
Os números do Pitbull são para serem jogados para uma das prateleiras mais altas de ídolos do Parque São Jorge:
Jogos – 418
Gols – 9
Temporadas – 8
Títulos: 9
Campeonato Paulista – 2013/2018/2019
Campeonato Brasileiro – 2011/2015
Recopa Sulamericana – 2013
Taça Libertadores da América – 2012
Mundial Interclubes da FIFA – 2012
Diante de toda essa história acima descrita, digo que Ralf é o símbolo de uma era vitoriosa do Corinthians, e nossa geração é privilegiada em poder acompanhar tudo de perto.
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Mostro da volância!
Pelé dos volantes…
Eu diria que é o Rivellino da volancia. Rsrs
monstroooooo!!!
Monstro demais!
Ralf mito, lenda viva e ser supremo do meio de campo. ??️??️??????????????????????
Concordo em tudo!
Monstro Ralf, lembro bem a saída dele e vi muitos julgando e criticando ele, o q fez ele mandar um recado em uma rede social (Facebook)…Parabéns pelo texto excelente
Valeu Rafa. Tamo junto mano!
Ralf monstro, representa demais, muita raça, determinação, Parabéns, amigo, bjs
Ralf honra o nosso Manto.
Honra demais! Valeu.
Ídolo sem dúvidas ?
Ídolo! Vai Corinthians!
Monstro, ídolo, Pitbull! Ralf do Corinthians, Ralf da fiel!
Pitbull original!
O do lado verde é Pitbull cruzado com Chuaua…RS
Abraço!
Ralf é um dos maiores da história. Qdo chegou em 10 ainda encontrou a concorrência de um Marcelo Mattos q voltava com a moral de quem foi titular no time campeão de 2005. Apenas trabalhou, quietinho. Passou por turbulência em 2015, mas continuou trabalhando. Reconquistou seu espaço. Um dos maiores, sem dúvida.